24 de jan. de 2017

ORGULHO


"Quando o orgulho chega ao extremo, tem-se um indício de queda próxima, porquanto Deus nunca deixa de castigar os soberbos. Se por vezes consente que eles subam, é para lhes dar tempo à reflexão e a que se emendem, sob os golpes que de quando em quando lhes desfere no orgulho para os advertir." [Adolfo, Bispo de Argel (Marmande, 1862)].

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Allan Kardec


18 de jan. de 2017

COCÔ DE CAVALO

Ontem, deparei com cocô de cavalo na rua, no centro da cidade. Falei para minha mulher que há muito não via cocô de cavalo na rua. É! As cidades cresceram, os automóveis tomaram as ruas e a gente não vê mais aquelas carroças puxadas por cavalos. Lembrei a ela que, quando menino, catava esterco na rua, para a horta doméstica da D. Ephigenia. Era cocô de cavalo que, em Belo Horizonte, a gente encontrava em alguns lugares específicos. Ali pela Avenida dos Andradas, perto do Parque Municipal e mais para frente um pouco, perto da Praça da Estação, onde ficavam vários carroceiros esperando carretos. Ela me disse que também, quando menina, catava esterco, em ruas de Patos de Minas.  Mas os tempos mudaram, as carroças e os cavalos sumiram da paisagem. E estamos nós, em pleno centro de Patos de Minas, vendo cocô de cavalo na rua. É. Coisas que encontramos apenas em algumas cidades turísticas, onde charreteiros oferecem seus veículos a passeios. Quase bucólico.
Observo que, cada vez menos, temos encontrado até cocô de cachorro, já que os bichinhos estão sendo educados para se livrarem dos incômodos em lugares específicos, sem sujar as vias públicas. Há dias, vi no feicebuque, um "porta cocô", uma caixinha com uma alça que é colocada sobre a cauda do totó, caixinha que recolhe o dejeto, onde e quando desejar o animal, sem sujar as ruas.
O progresso é muito bacana. Mas que às vezes é interessante ver coisas que nos foram "roubadas" por ele, lá isso é. As carroças, os cavalos e seus condutores, claro!

Foto: PASSEIO LIVRE.
http://www.passeiolivre.org/2012/09/os-cocos-dos-cavalos-da-gnr.html

13 de jan. de 2017

12 de jan. de 2017

DE CRISE EM CRISE, VAMOS PERDENDO RUMOS


Não vou me deter comentando a crise. Já está passando da conta a incapacidade de controle da nossa Administração Pública.

Assusta-me a crença das autoridades em que isto vai ser resolvido rapidamente, como se fosse uma coisa passageira.
Em maio do ano passado, o Presidente Temer, ainda Presidente Interino, pronunciou-se em debate sobre Plano Nacional de Segurança Pública. De sua fala, colhi o seguinte excerto (https://www.youtube.com/watch?v=gPnq15WsQ8c):


"A violência é sempre algo que deve ser banida. E, para ser banida, num sistema federativo, importará certa e seguramente numa atuação conjunta da União Federal com os Estados Brasileiros e, até depois da Constituição de 88, até mesmo no caso dos Municípios, que têm a Guarda Municipal...".

Recentemente, no trato da barbárie acontecida nas prisões, o Presidente disse, em TV, que, sendo as prisões terceirizadas, o Governo não tem responsabilidade direta.
Prefiro estar eu enganado, se tiver ouvido mal. Mas o Presidente é melífluo como os suaves gestos de suas mãos, quando discursa.
Não há como arredar a responsabilidade objetiva do Estado (por extensão, do Governo), que é quem terceiriza, sem poder safar-se do dever que lhe é cometido pela Constituição.
Não gostei do que disse o Presidente, nesse último pronunciamento. Se tiver de escolher, prefiro a declaração daquele Secretário da Juventude, que deitou bobagem sobre o assunto, dizendo que deveria haver uma rebelião por semana.
Prefiro esta à do Presidente, porque esta foi sincera. Deplorável, mas sincera. Sei quem e que ideia devo combater. Mas a do Presidente, entendo que não é verdadeira, logo insincera, e não sei se posso confiar nas demais declarações dele.
Naquela transcrita acima, por exemplo. Será que, ao achar que "a violência é algo que deve ser banida", o Presidente referia-se a todo tipo de violência? Àquela do comércio de drogas, das execuções sumárias, do terrorismo nas prisões, ou, também, àquelas dos enormes desvios de dinheiro, de que a imprensa dá conhecimento à Nação, sem negativas, e até com delações, restituições, bloqueios, etc? Daquelas de colocar tanta distância entre os ocupantes de altos cargos e a ralé, com demonstrações de superdireitos?
Há uma diferença entre a criminalidade de colarinho branco e aquela dos traficantes?
Há, sim. Estes usam a violência explícita e cada vez maior, para atingir os objetivos de seus interesses. Aqueles - os titulares de altos cargos - usam o mandato que lhes foi confiado para fazer maldades escondidas, também cada vez maiores, nos atos e nos resultados que manipulam, para vantagem de seus interesses pessoais.
É muito desigual.