29 de jan. de 2021

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - LEMBRANÇAS BEM ANTIGAS

"Tiro você do emprego dou-lhe amor e sossego

vou ao banco e tiro tudo pra você gastar.

Posso, oh Julieta, lhe mostrar a caderna

se você duvidar."


Geraldo Pereira em "Bolinha de Papel".


Para ouvir com João Nogueira: YouTube.

https://www.youtube.com/watch?v=ClU4qbbmr0g


CURIOSIDADE: No tempo dessa obra (1945), os depósitos bancários eram registrados (manuscritos) em cadernetas, que ficavam com os clientes. Veja alguns exemplares:


1942


1974








27 de jan. de 2021

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - COISAS DOS CARNAVAIS 1945, AINDA ATUAIS.


"Mas de o "Doutor" cai do galho e vai ao chão

A turma logo evolui de opinião."




Roberto Martins



Erastótenes Frazão









 em "O Cordão dos Puxa Saco".



Para ouvir com os Anjos do Inferno: YouTube.

https://www.youtube.com/watch?v=4i9-WE4-_ok


Imagens: Instituto Memória Musical Brasileira - IMMuB.


De Roberto Martins: 

https://immub.org/compositor/roberto-martins


De Erastótenes Frazão:

https://immub.org/compositor/eratostenes-frazao


NOTA DO CADIKIM: Existe puxa-saco classe PHD. Para curiosos, segue o link: http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2014/06/puxa-saco-classe-phd.html





20 de jan. de 2021

MILLÔR EM PEDACINHOS - "ALGUMAS PALAVRAS DA MODA"

 "CORRUPÇÃO

A corrupção (infects unseen - Shakespeare) na vida pública - tem a particular também, já esqueceram? - é o uso do Poder para obter lucro, privilégio, prestígio ou força, ferindo a lei ou apenas a ética. A lei inglesa Corrupt and Illegal Practices, de 1883, ainda é a mais copiada no mundo inteiro e define a corrupção como suborno, falsificação de registros públicos, venda fraudulenta ou favores, manipulação do erário e das emissões de títulos e documentos, autorização indevida de licenças, leilão de cargos, permissão de lenocínio, proteção em geral, cobertura de tráfico de drogas, desconhecimento de exploração de jogos, depósitos de fundos públicos em bancos particulares, divulgação de inside-informations e favoristismo em concorrências. A corrupção não é monopólio de nenhuma época nem exclusividade de nenhum país, mas há países que em determinadas épocas exageram, ocasião em que agem como o indivíduo que perdeu o controle do movimento das próprias mãos. Acontece então uma verdadeira metástese de desonestidade no corpo social, durante a qual são amputados membros e partes desse corpo - ou seja, mudam-se violentamente as estruturas e os grupos que detêm o poder. Quase sempre para pior.

26/10/1983."


Em "O Mundo Visto Daqui (Praça General Osório) 1980 - 1983.





18 de jan. de 2021

MILLÔR EM PEDACINHOS - MAIS ALGUMAS PALAVRAS

 

"AUTORITARISMO


Condição social possibilitada pela propensão humana para oferecer e/ou exaltar a obediência cega e prazenteira a superiores hierárquicos públicos ou particulares e demonstrar pusilanimidade em relação aos mais fortes física, cultural e economicamente.

Essa propensão tende a ser concentracionária, a ponto de se fixar num só indivíduo, endeusado como guru, chefe mafioso, autoridade eclesiástica, Pai ou Mãe da Pátria. Pode ir de Teresa de Calcutá ao bicheiro Castor de Andrade, passando sempre, claro, por Jânio Quadros.

02/11/1983".


FONTE: "O MUNDO VISTO DAQUI (PRAÇA GENERAL OSÓRIO) 1980 - 1983, págs. 219/220.





16 de jan. de 2021

MARCAR "DIA D" E "HORA H" PERIGA FICAR INDEFINIDO

 

Expressões bastante conhecidas nas hostes militares são "Dia D" e "Hora H". Marco inicial de qualquer ação que esteja sendo programada. Antes que o ministro tivesse dito isso, vi
Otávio Guedes, pela Globo News, dizer que era possível indicar data para o início da vacinação, sem especificar dia para o evento, não havendo ainda informações precisas a balizar a indicação. Bastava estabelecer que o Dia D seria o dia em que a Anvisa aprovasse a vacina. Daí, começaria a contar - como nas hostes militares - Dia D+1, D+2... até que tivessem sido dados todos os passos necessários a fazer coincidirem vacina e braços. Aí, D+X (X após o último passo) seria o dia do início da vacinação. Um indicativo de "precisão indeterminada".

Não sei se o ministro viu também o Otávio Guedes mas, poucos dias depois, vi o próprio ministro, pelo mesmo canal de TV, dizendo que a vacina seria aplicada no Dia D e na Hora H. Sempre sem especificar ou dar dica definitiva (D+X).

Como o povo tem mania de passar a utilizar expressões que os famosos transmitem pela TV, passei a temer que, a partir dali, poderíamos passar a ver jornalistas e/ou autoridades dizerem "segundo S", "minuto M", "mês M", "ano A", "década D", "século S", "milênio M" e até "eternidade E", sem olvidar, claro, a "hora H" e o "dia D" - parâmetros já consagrados. As repetições de letras trariam confusão nenhuma, imagino. Stanislaw Ponte Preta teria classificado tudo isso como "indefectível cocoroquice".

Já o pensamento de Millôr Fernandes foi registrado pelo cadikim, em dezembro de 2016, com edição em 23/04/2020: "Um governo sábio realiza primeiro e, posteriormente, vendo o que foi realizado, faz os planos e os projetos. É a única forma possível de fazer os planos coincidirem com os resultados" (https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2016/12/sem-plano-b.html).

Vou além, ao que achei mais interessante nessa de marcar data. Foi o Major Marçal, da PMMG, do Serviço de Informações quem me transmitiu, quando era Tenente. Na novela "O Bem Amado", de Dias Gomes (segundo Marçal, o chefe da contra informação do Partido Comunista), o secretário Dirceu Borboleta disse a Odorico Paraguaçu, o prefeito de Sucupira, que precisava marcar uma data para inaugurar o cemitério que construíra. Odorico perguntou por quê. Dirceu argumentou que a oposição estava falando que Odorico não conseguiria inaugurar o cemitério. Odorico perguntou de que adiantaria marcar uma data. Dirceu disse que, pelo menos, seria uma contra informação. Odorico, peremptório: "Contra informação é providenciamento urgente!".


Imagem: VISEU.

https://www.eviseu.com/pt/livros/50/dia-d/


14 de jan. de 2021

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - O CONDE


"Amor a gente perde

a gente tem

amor que vem."






Evaldo Gouveia (D)  e Jair Amorim (E) em "O Conde".







Para ouvir com o autor: YouTube.

https://www.youtube.com/watch?v=IaKGvsHP0a8


Para ouvir com Jair Rodrigues: YouTube.

https://www.youtube.com/watch?v=Vu8iyVIKYsI



Para ouvir com Miltinho: YouTube.

https://www.youtube.com/watch?v=zX9QkA2i708


Curiosos que queiram conhecer a fertilidade do autor: YouTube, entrevista com Jô Soares.

https://www.youtube.com/watch?v=ZTITAK1w6WA








7 de jan. de 2021

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES DE VELHOS CARNAVAIS


"O teu amor entre aspas

já consegui descrever.

Reticências reticências

Agora adivinhe o que eu quero dizer."



Alberto Ribeiro

                         e Erastótenes Frazão




em "Virgula".



Mário Reis


Para ouvir com Mário Reis: letras*

https://www.letras.mus.br/marchinhas-de-carnaval/352702/


Imagem de Alberto Ribeiro: MUSICABRASILIS.

https://musicabrasilis.org.br/compositores/alberto-ribeiro


Imagem de Erastótenes Frazão: IMMuB

(Instituto Memória Musical Brasileira).

https://immub.org/compositor/eratostenes-frazao


Vale muito passear pelo IMMuB.


Imagem de Mário Reis: Arquivo Marcelo Bonavides.

http://www.marcelobonavides.com/2017/12/mario-reis-110-anos.html


Nota do cadikim: Esta marchinha passou pelos meus ouvidos hoje, logo de manhã. Observe-se que Mário Reis canta um pouco diferente: onde está "qual mulher...", canta "oh mulher...". Minha mãe, que me ensinou sem saber que estava ensinando, cantava como está gravado.


6 de jan. de 2021

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - COMPOSIÇÃO TRIPARTITTE

 "Eu fiz tanta serenata

que a lua, desfeita em prata,

mandou mil beijos pra mim.

E os beijos foram tão puros,

que os meus cabelos escuros

ficaram brancos... assim!"




Rogaciano Leite (letra)

Sílvio Caldas (parceiro e intérprete)

Radamés Gnattali (arranjo musical).


em "Cabelos Cor de Prata".




Para ouvir com Sílvio Caldas: YouTube.

https://www.youtube.com/watch?v=X0XIKkI8in4







Para ouvir com Nelson Gonçalves: YouTube.

https://www.youtube.com/watch?v=pJdLvBuiTAA 



3 de jan. de 2021

MILLÔR EM PEDACINHOS - INDIVIDUALISMO. POSITIVO E NEGATVO


 "Não espere melhorar seu trabalho ou sua personalidade através de uma crítica exterior. Seus melhores amigos jamais lhe dirão tudo que pensam de você ou só o farão em momentos de exaltação pró ou contra, tornando a crítica não confiável. Ninguém jamais lhe dirá as coisas amargamente terríveis que você mesmo inúmeras vezes se diz, às três horas da manhã, no escuro do próprio quarto, a cabeça mergulhada no travesseiro. Só existe uma crítica: a autocrítica.

CONVERSA COM PAULO GRACINDO, ATOR, 1973".


O Livro Vermelho dos Pensamentos de Millôr, pág. 181/183.