19 de dez. de 2014

NENHUMA VOCAÇÃO MILITAR

Esse deve ter pago muito canguru.
1959. Em uma turma de primeiro ano do Curso de Formação de Oficiais da PMMG, havia um aluno que demonstrava, desde o início do ano, nenhuma afeição ao ambiente militar. Sofria gozações da turma e do próprio irmão mais velho, na mesma turma, e que antes fora sargento, com alguma vivência de caserna, portanto (esse um tanto ríspido e querendo fazer valer a hierarquia familiar do "primogênito").
Correu o ano até as provas finais. Foi quando aflorou toda a ojeriza que nosso colega nutria, em relação á vida militar.
O instrutor de "Instrução Geral", matéria que tratava, especialmente, dos rituais militares, entrou em sala, com as provas em baixo do braço, para dar aquilo que hoje chamamos de "vista de prova". Era vermelho de natureza mas estava muito mais vermelho do que o habitual. Antes de distribuir as provas, observou, nitidamente contrariado:
- Vejam o que este aluno escreveu na prova!
A pergunta era: "Você entra em uma lanchonete (termo aqui atualizado) para fazer um lanche e encontra lá um superior hierárquico. Qual o seu procedimento?"
Leu a resposta:
- "Posso proceder de duas maneiras: primeira, prestar a continência a meu superior, assentar-me a uma mesa e tomar o meu lanche; segunda, prestar a continência a meu superior e retirar-me do recinto, porque a presença do superior me causa náuseas n'alma, me tira o apetite e a alegria de viver".
Não precisa dizer que, no ano seguinte, não pertencia mais à turma. Deve ter sido melhor para ele.

Foto: http://4h20.wordpress.com/2011/03/23/sou-seu-soldado-senhor/

16 de dez. de 2014

SERÁ QUE O INSS COMPENSA?

Era um casal já passado da meia idade. Ele aposentado, com proventos razoavelmente satisfatórios. Ela, prendas do lar. Certo dia, virou-se para ele e disse que iria inscrever-se no INSS. Estranhou e perguntou para que.
- Poderei contar com aposentadoria, daqui a algum tempo.
Ele obtemperou que ela não precisava daquilo, porque a pensão que deixaria para ela seria muito maior do que a aposentadoria do INSS.
Resposta seca dela:
- Vai que demora!


Imagem: tumblr.
https://www.tumblr.com/search/casal+velhinho

15 de dez. de 2014

A PROPÓSITO DO ANIVERSÁRIO DE BELO HORIZONTE



Belô do Mirante


As luzes de Belo Horizonte - MG vistas do Mirante das Mangabeiras
As luzes de Belo Horizonte - MG vistas do Mirante das Mangabeiras



É lá nas Mangabeiras, bem no alto do Mirante,
onde o negro véu da noite aconchega mil amores,
de onde a cidade aparece mais linda e radiante,
e a brisa leve transporta o suave aroma das flores,

que o lindo presépio que é Belô mostra-se mais belo,
piscando luzes e brilhando, pitoresco, vário,
a inspirar puro lirismo seu majestoso velo,
o céu mais estrelado servindo de cenário.

O romper da manhã, espetáculo sem igual:
a cidade na sombra, enquanto lá no alto é dia,
preguiçosamente evitando a claridade rala,

qual mulher ansiosa e lânguida espera, sensual,
o sol que devagar a cobre e, louco de alegria,
libidinoso, lambendo Belô, vem despertá-la.


Foto: 1000dias
http://www.1000dias.com/rodrigo/pampulha-e-mangabeiras/

13 de dez. de 2014

12 de dez. de 2014

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - INIMIGO DO BATENTE




Dircinha Batista



"Estou me desmilinguindo igual ao sabão na mão da lavadeira."








Wilson Batista e Germano Augusto em
Inimigo do Batente.


Para ouvir com a voz de Dircinha Batista:
DIUMTUDO
http://diumtudo-marvioli.blogspot.com.br/2014/02/inimigo-do-batente-dircinha-batista.html


Foto: FAMOSOS QUE PARTIRAM
http://www.famososquepartiram.com/2012/04/dircinha-batista.html


Nota: para ouvir com Cristina Buarque, colar a frase destacada no google.

MADEIRA DOCE - ESPETÁCULO EM CORDAS E FLAUTAS NO PRÓXIMO DOMINGO

Vai acontecer no próximo domingo, dia 14. O Madeira Doce, formado por cinco músicos, todos professores do Conservatório Municipal, apresentará obras de Bach, Händel, Telemann, Luiz Bonfá, e do Folclore Brasileiro.
Muita sensibilidade, com alegria, expressas em cordas e flautas.
Informações no cartaz incluso.

11 de dez. de 2014

O PREÇO DA EMPREGABILIDADE. O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL VÊ DIFICULDADE EM DECLARAR INIDÔNEAS EMPRESAS ENVOLVIDAS EM CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS

MPF-GONão estou tirando notícia nem da Veja, nem de qualquer revista, muito menos de postagens feicebuqueanas de quem odeia o PT. Minhas broncas não são com partidos, mas com políticos. Até achei bacana a manifestação do senador Jorge Viana, do Acre, inconformado com o fato de a imprensa falar em mensalão do PT e não falar em mensalão do PSDB, mas em "mensalão de Minas" e em "os trens de São Paulo", em vez de referências ao PSDB. Salientou que esses outros focos de corrupção não têm merecido da imprensa o mesmo destaque dado ao mensalão e à corrupção na Petrobras. Disse o senador que nunca soube que um Estado da Federação praticasse corrupção; nem que um trem saísse dos trilhos e fosse praticar corrupção. No que concordo com o senador.
Dado este "devorteio", venho falar sobre o que não tirei de revista, nem do feicebuque: o indiciamento, em denúncias, de 35 pessoas ligadas a empresas envolvidas com a corrupção na Petrobras (podendo surgir coisa parelha em outras empresas públicas). A notícia foi dada diretamente, em entrevista coletiva pela tv, por procuradores do Ministério Público Federal, órgão de onde emanaram as denúncias. Um procurador, espécie de porta-voz, disse que "roubaram o orgulho do Brasil". Penso que isto é verdade (se é que a gente ainda tinha orgulho para ser roubado) e que a recuperação é incerta. A intenção do MPF é buscar um bilhão de reais de volta (achando que é o mínimo que poderá vir a ser pleiteado).
O que me incomodou mais foi a constatação, pelo mesmo Ministério Público Federal, de que, em face dos fatos de corrupção, o ideal seria a declaração de inidoneidade das empresas envolvidas. Mas isto implicaria na paralisação das obras tocadas por essas empreiteiras, com sérios prejuízos para o povo. Penso que a paralisação de obras implicaria perda de postos de trabalho, e que talvez seja esta a maior preocupação do MPF.
Paradoxalmente, a empregabilidade que se oferece a nossos cidadãos está comprometida com a impunidade administrativa de empresas inidôneas. Sem se saber, ao certo, se essas empresas não irão procurar atalhos ilegais, para recuperação de valores que estão dispostas a devolver agora.


Foto: Diário do Poder.
http://www.diariodopoder.com.br/noticias/mpf-pede-que-pilotos-norte-americanos-sejam-extraditados/

DANÇA CIRCULAR SAGRADA DAS TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA

Sessão de Dança Circular Sagrada
no salão da Associação Comercial
de Passa Quatro
Está sendo desenvolvido na cidade de Passa Quatro, Sul de Minas, um projeto de divulgação da prática da Dança Circular Sagrada. A iniciativa foi de Ana Comini, que frequentou cursos e eventos, em vários lugares e, agora, transmite o que aprendeu, praticando e chamando muitas pessoas à prática, através do grupo "Dança Circular Sagrada das Terras Altas da Mantiqueira" (nome com que aparece no facebook). O grupo não tem
Parque da Mantiqueira - Passa Quatro
A natureza em cores e em paz
associados, tem afeiçoados, que chegam quando querem e afastam-se livremente. O movimento tem crescido na cidade, em razão de eventos que são levados a grupos escolares, e entidades assistenciais.

O principal benefício levado aos praticantes é a alegria serena. A Dança Circular Sagrada divulga conhecimentos alusivos a folclore de diversas culturas. Os movimentos, fáceis e suaves, viabilizam a participação de pessoas com idades "de mamando a caducando", o que acaba dando ensejo a novos relacionamentos, com as diferenças
Café Maria Fifi - Passa Quatro
Pãodiqueij, uai! E guloseimas
características das diversas faixas etárias, bem como a diversidade de profissões dos praticantes, com efeitos nos estilos de convivência social. O ritmo e as coreografias estimulam a memória.

A Dança Circular Sagrada é uma atividade essencialmente de paz, na qual a concorrência entre pessoas não encontra motivo.
Comer bem em Passa Quatro: Villa Comini
A participação habitual propicia a observação e o exercício de atitudes místicas e de meditação em movimento.


9 de dez. de 2014

FILHO INGRATO! POLÍTICO É ASSIM MESMO.

Políticos habilidosos escapam de qualquer cilada. Famoso político mineiro, dos velhos tempos, em um evento em cidade do interior, perguntava a correligionários locais quem era esse ou aquele camarada que estava no local. De um deles, ainda jovem, soube chamar-se Alberto e que pertencia a uma família tradicional. Abordou-o:
- Como vai Alberto? Você está elegante! Parece que a vida está lhe sorrindo.
O rapaz respondeu, delicadamente, que tudo ia bem e desejou ao político uma estada agradável. O homem engrenou uma quinta:
- E o seu pai, Alberto? Sempre muito ocupado? Não teve oportunidade de vir a este encontro?
Alberto:
- Mas meu pai já morreu, há bastante tempo.
O político - como sabem fazer os políticos habilidosos - não se mancou:
- Morreu para você, filho ingrato! Continua vivo no meu coração!


Foto: WAV WEBsites
http://www.wavsites.com.br/conc/historia.htm


SOLUÇÕES QUE A INSEGURANÇA FAZ PENSAR

A cidade de Patos de Minas passou a integrar, hoje, o rol daquelas em que já ocorreram assaltos, com reféns. Patos não havia experimentado isto até hoje e, portanto, resultou alvoroço.
Em uma sala de espera, ouvi uma mulher e um homem conversando. Estavam atrás de mim e, portanto, só ouvi.
Falaram da falta de segurança, da impunidade, de que a imprensa acusa policiais que praticam violência contra bandidos, enfim, que os bandidos estão em vantagem, porque, nas mãos da polícia, estão seguros, enquanto que, soltos, levam insegurança aos cidadãos.
A solução apresentada pelo homem é que achei esdrúxula, produto de uma imaginação já cansada de saber da violência sem controle. Disse ele:
"Deveriam prender esses assaltantes, colocá-los em uma cadeia, 'botar' um monte de pedras, em um dos lados, e fazê-los transportá-las para o outro, serviço de tal monta que gastariam o dia todo para executá-lo. No dia seguinte, mandariam os presos retornarem todas as pedras para o lugar de onde as tivessem tirado."
Pensar uma solução como essa decorre, na verdade, do fato de os governos não encontrarem solução para o estado de insegurança.

8 de dez. de 2014

UM CRUZEIRENSE CARRANCUDO NÃO ORNA COM O TÍTULO

Camisa retrô do Cruzeiro.
Foi o que vi, hoje, chegando a um atendimento em caixa de banco. Um homem entrou resmungando, carrancudo, parecendo muito contrariado. Observando melhor, vi que estava vestindo uma camisa com escudo do Cruzeiro.
Não é possível! pensei. Um cruzeirense normal, hoje, se tiver promissória vencendo, ameaçado de ter o nome inscrito no SPC e no SERASA, tem tudo para estar contente, deixando para amanhã a solução de suas finanças. Campeão é campeão e o torcedor tem de curtir, uai!


Imagem: Camisas de Time.
http://www.camisasdetime.com.br/modelos-de-camisas-do-cruzeiro/

NOTA: procurei nas imagens do google um cruzeirense contrariado, carrancudo. Fiz isto para não dizer que não procurei. Não esperava encontrar, ora!

CRITÉRIOS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Eram duas senhoras conversando na fila do banco. Fila não, porque se fosse não me teria sido possível ouvir. Era aquela sala com cadeiras para o cliente poder esperar sentado. Uma delas com uns três extratos ou comprovantes de depósito ou de transferência, ou pagamento, coisa parecida. Ouvi-a falando para a outra:
- Se eu "tou" devendo a alguém, ele me cobra. O banco não.
A outra estranhou. A primeira continuou:
- Vejo a pessoa todos os dias e me lembro de que estou devendo a ela.
Arrematou, fechando questão: prefiro dever ao banco.
É um critério, ora bolas. Se não vai ao banco todos os dias, não se lembra, todos os dias, de que deve ao banco. E não está devendo a qualquer pessoa que esteja encontrando todos os dias, e que poderá cobrar dela. Essa tranquilidade pode compensar a diferença de juros, não se importando quão grande seja. Cada um sabe onde o sapato aperta, uai!...


Imagem: UOL economia Finanças pessoais
http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/noticias/redacao/2014/08/27/lista-negra-a-partir-de-quando-o-nome-fica-sujo-e-como-limpar.htm

7 de dez. de 2014

ANNAES DO CONGRESSO

Costumo assistir às sessões do Senado e, eventualmente, do Congresso Nacional. Tenho visto parlamentares fazerem determinado pronunciamento e, ao final, requererem o registro nos anais do Congresso.
Hoje, passando pela TV Senado, vi que estavam sendo comentados episódios preliminares da abolição da escravatura. De repente, um texto que, pelo andar da carruagem, estava tratando da Lei dos Sexagenários. Em título, estava escrito "ANNAES DO PARLAMENTO", ou coisa parecida. Saquei logo que se tratava de grafia antiga. Corri ao Aurélio, para conferir. É óbvio que não encontrei "annaes". Fui encontrar anais, mesmo: "História ou narração organizada ano por ano" e outros significados menos significativos. Corri ao google e joguei lá a palavra  "annaes". No dicionário NET, encontrei: "História ou narração organizada anno por anno". A mesma coisa no dicionário Online em português. Voltando à mesma palavra, encontrei uma Biblioteca Digital na página da da Câmara dos Deputados (link abaixo), a qual pode ser vista por vários modos de busca, sendo o primeiro "Datas", vendo-se adiante: "Annaes do Parlamento Brazileiro: Assembléa Constituinte 1823. Tomo terceiro". Em referência a "Arquivos neste item", encontrada em quadro, cito um dos dois: "Anais_1823_pdf".
Verifico que o mesmo documento refere-se ao mesmo assunto (História ou narração organizada anno por anno, ou História ou narração organizada ano por ano), com grafias diferentes: "annaes" (grafia antiga) e "anais" (grafia atual).
Extremamente esclarecedor, para mim.
Ficava confuso quando via algum parlamentar requerer que determinado assunto fosse registrado nos anais do Congresso, por exemplo.
Há determinadas decisões e pronunciamentos de parlamentares que me levam a pensar o que serão, efetivamente, os anais do Congresso (ou da Câmara, ou do Senado), que parlamentares querem seja o repositório de pronunciamentos e decisões.
Afinal, quaisquer registros ano a ano, atualmente, são registros anuais. Assim é que a atualização da grafia de "annaes" pode ter considerado apenas a simplificação, sem atender à significação.
Talvez fosse salutar editar uma lei, determinando que, quando se tratar de inserir qualquer assunto na História do Parlamento, ano a ano, deve ser usada a grafia antiga do termo "annaes".
Para não confundir.

Imagem: Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados.
http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/8571 

6 de dez. de 2014

MEU MEDO É MAIOR DO QUE O DA INFLAÇÃO, DA RECESSÃO, DO DESEMPREGO...

Audiência pública define LDO para o exercício de 2014Tudo isso é muito mau! Mas há coisa pior.
Voltemos à ditadura. Predominava o decreto-lei, instituto diferente da medida provisória: editado o decreto-lei, o Congresso deveria decidir sobre o dispositivo, em trinta dias. Se não o fizesse, o decreto-lei transformava-se em lei. Em geral, o Congresso calava-se (a maioria era "partido do governo"). Foi usado e abusado, tendo sido um dos elementos caracterizadores da ditadura. O governo fazia o que queria.
A Constituição de 1988 eliminou o decreto-lei e instituiu a medida provisória (MP). Diferença: se o Congresso não se manifestar sobre em trinta dias, perde a validade. Aí, no governo Collor, no plano Collor, surgiu a ditadura da medida provisória: um dia antes de perder a validade, em face de silêncio do Congresso (que não se comprometeu com aquele absurdo), a medida provisória era reeditada. Setenta reedições de medidas provisórias, segundo Iolando Lourenço e Marcos Chagas, repórteres da Agência Brasil, em "Nos últimos 18 anos mais de 900 medidas provisórias legislaram o país" (Agência Brasil, 09/07/2006 - http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2006-07-09/nos-ultimos-18-anos-mais-de-900-medidas-provisorias-legislaram-pais). Segundo a Folha de São Paulo de 14 de março de 1998 (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc14039802.htm), Collor editou 84 MPs, no que foi atacado pelo senador FHC, por "abuso da paciência e da inteligência do país". No poder, FHC editou 108 MPs. Terá sido "a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar" (Vandré)?  A reedição da medida provisória, dispondo sobre a mesma matéria que a anterior, é ditadura disfarçada, posto que, apesar da perda de validade determinada pelo silêncio do Congresso, a vontade do governo perdura em ação, na ilegalidade.
Penso que a "volta da democracia" é uma balela. Democracia não tem limite, nem meia democracia. Ou é ou "deixa de é" (fala que foi corrente na bela Passa Quatro, Sul de Minas).
Agora, é o Congresso Nacional que dá garantia a uma situação financeira que já se desenhava desde o início deste ano, mas que só foi dada à luz no final: a mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias. O Congresso Nacional deu respaldo.
Governo diz que os resultados serão favoráveis (Collor dissera o mesmo, quando determinou o bloqueio do dinheiro do povo). A oposição pinta o quadro oposto e diz que essa ação do governo atual é nefasta.
Infelizmente, os resultados só irão aparecer depois de algum tempo (como foi com o plano Collor e como foi com a ditadura).
O medo que tenho, então, é de eventual ditadura: quando uma autoridade pratica um ato contrário à Constituição ou à Lei, e esse ato é respaldado por um outro poder, instalou-se a ditadura, que tanto poderá ser duradoura como eventual.
Não somos oráculo para prever o resultado. Torço para que seja favorável, porque tenho filhas e netos, que continuarão vivendo "nesta terra descoberta por Cabral" (Juca Chaves).



Imagem: Prefeitura de Navegantes
http://www.navegantes.sc.gov.br/noticia/8511


5 de dez. de 2014

REAGINDO AO ASSALTO: PAGAR IMPOSTO É DEMAIS, UAI!





Parece que, dos meus irmãos, o mais organizado sou eu mesmo. Já comentei sobre um irmão mais velho (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2014/08/meu-irmao-nao-e-dez-e-tresloucado.html). Passo ao caçula, que estava passeando perto de sua casa, quando foi abordado por um camarada que lhe botou um revólver na cabeça e mandou passar a grana. Disse que não tinha. O outro ameaçou: "vou matar você". Meu irmão: "a única coisa diferente que irá acontecer é que você estará diante de um morto que sem um tostão no bolso". O outro volveu: "mas você é rico; tem esse terrenão aí, oh!". E apontou para o terreno todo ali, de um tamanho considerável mas nem tanto (para o assaltante deveria ser demais), terreno que meu irmão comprou em tempo de gado gordo, e que é onde mora. Não se fez de rogado a vítima de assalto. Disse, imediatamente: "eu passo esse terrenão todo para você agora, cara! inteirinho! mas você vai ter de pagar o IPTU".
Foi a conta de o assaltante dizer: "ah! mas assim também não!...". E desistir do assalto.

4 de dez. de 2014

A LÂMPADA APAGOU-SE DISCRICIONARIAMENTE. ASSIM A INTERNET DA CTBC

Quanto à lâmpada, aconteceu em uma unidade militar, em que um plantão comunicou, referindo-se a uma lâmpada que se queimara: "a lâmpada apagou-se discricionariamente". Quiz dizer, sem dúvida, que a lâmpada poderia tanto não se apagar, como também poderia apagar-se. Apagou. Discricionariamente, conforme o rapaz entendeu.
Assim a internet da CTBC, em meu computador. Nos três últimos dias, ora tive internet, ora não tive. O sinal caía e voltava, discricionariamente. Podia cair ou não. Caía. Podia voltar ou não. Voltava. Tudo discricionariamente.
Faço o registro porque, desde algum tempo, tenho tido ausência de sinal. Reclamei e recebi orientações e "soluções" que - entendi - nada tinham a ver com as orientações. Penso que as soluções estavam lá no suporte técnico. Até que um dia, fui esclarecido, depois de muito discutir e dizer que não iria mais seguir orientações, porque eram simulações de que o defeito estava aqui. Qual a orientação? "Desligue o moden e torne a ligar". Dito e feito. O sinal retornou. Esqueci o telefone para reclamar. Passei a desligar e ligar o moden, seguidas vezes, sempre com resultado positivo. Para mim, significou que, para aliviar a carga de muita gente na rede, alguns usuários eram eleitos para ficar sem sinal, tendo sobrado para mim. Até que, um dia, quando faltou sinal, e fracassei em mais de uma tentativa de desligar e tornar a ligar o moden, recorri ao telefone de reclamação. Quase caí de costas quando uma voz gravada mandou que desligasse o moden e tornasse a ligar. O procedimento estava no ar. Mas não deu certo. Instalara-se uma pane mais séria. De tanto reclamar, trocaram meu moden por um novinho em folha. Resolveu o problema. Só que temporariamente. O sinal voltou a fugir. Ora existe, ora não existe. Tentei o telefone, várias vezes, sempre com sinal de "ocupado". É um indício de que o problema existe, estão tomando providência mas as reclamações são tantas, que a comunicação telefônica é suspensa pela CTBC.
Sei que qualquer sistema pode falhar. Mas por três dias seguidos? E sem que eu seja avisado de quando o sinal existe ou não? Acho que a CTBC não se comporta como um bom fornecedor. Apesar das matérias publicitárias em contrário.



Foto ao alto: Oficina do Quintal.
http://oficinadoquintal.blogspot.com.br/2014/03/saleiro-e-pimenteiro-de-lampada-vamos.html

Foto abaixo: ITAPORANGA ON LINE
http://www.itaporangaonline.com.br/2012/05/no-vale-falha-tecnica-em-provedor-deixa.html

3 de dez. de 2014

ASSUSTA-ME OUVIR O QUE DISSE UM PARLAMENTAR!

Assusta-me, sim! Teimosamente, acompanho as marchas e contra-marchas da votação de projetos de lei, no Congresso Nacional. Acho o Congresso uma casa de doidos (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2014/11/congresso-nacional-um-pandemonio.html). As intervenções atropelam-se; o modo de conduzir a sessão ainda não encontrou concordâncias, em meio a muitas discussões... O Presidente vai se virando, levando um barco que me parece mais cheio de incertezas do que de certezas.
Hoje, à noite, penso que um parlamentar passou da conta, dizendo, alto e bom som:
- "Vossa Excelência está sendo democrático demais!".
Haverá, porventura, como ser "democrático demais"? Ou o parlamentar terá um conceito restritivo do que seja "democrático", e pensa que poderá ser "democrático" restringindo direitos, e que "democrático demais" será respeitar todos os direitos?
Ainda não consegui entender o Congresso!






2 de dez. de 2014

SE FOR VERDADE O QUE O PAULO ROBERTO COSTA DISSE PARA A CPMI...

Buscamos áreas para condomínio de luxo..., de que há "algumas dezenas" de políticos nomeados por ele na delação premiada, acho que vai ter incorporadora querendo construir e vender casas em condomínio fechado, planejadas especialmente para servirem para prisões domiciliares. O(s) condomínio(s) poderão ser dotados de equipamentos os mais diversos, para garantia dos padrões de vida atuais de eventuais futuros ocupantes.

Foto:     Buscamos áreas para condomínio de luxo - Blumenau - Terrenos - Sítios e Fazendas - CENTRO 
http://blumenau.olx.com.br/buscamos-areas-para-condominio-de-luxo-iid-636417968 

GRUPO MADEIRA DOCE APRESENTA-SE EM MUSICAL REFINADO

Anísio Dias (piano, flauta doce, violino e violão), Holmes Molinari (flauta transversal e flauta doce), Mário Reilli (cello), Paulo Roberto (violino) e Stênio Caixeta (violão e flauta doce), todos professores no Conservatório Municipal de Patos de Minas, formam o Grupo Madeira Doce, com apresentação agendada para o dia 14 de dezembro, no salão de eventos do Hotel Antares.
No repertório, peças de Bach, Händel, Telemann, Luiz Bonfá e do Folclore Brasileiro.
A noite do domingo 14 poderá ser muito bem aproveitada, já que o espetáculo está muito bem preparado.
Até lá!

26 de nov. de 2014

FUTEBOL MINEIRO: O QUE O CADIKIM DISSE EM JUNHO 2012 AINDA ESTÁ VALENDO!


A situação era diferente. Nossos times haviam terminado a campanha do ano anterior em situação nada animadora. Ficaram melhores em 2012 (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/06/futebol-mineiro-quem-meteu-o-pau-deve.html). O tempo seguiu com bons ventos e estamos vendo Atlético (depois de tornar-se campeão da Libertadores) e Cruzeiro (bicampeão - seguido - do brasileiro, tetra no geral) decidindo a Copa do Brasil. É o futebol mineiro voando em céu de brigadeiro. Tudo para ser um grande jogo!









TIRANDO O LEÃO, FICA FÁCIL. ENTÃO, MUDEMOS A LDO, UAI!

Em 22/06/2013, cadikim publicou a estória do bêbado que, no circo, disse ser capaz de fazer a mesma cena que estava acontecendo no picadeiro, envolvendo um leão e uma mocinha, e, quando o dono do circo, irado, desafiou-o a fazê-lo, bradou:
"Então, tira esse leão daí!".
(http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/06/isso-ai-eu-tambem-faco.html).
Hoje, acontecerá, no Congresso Nacional, a votação do projeto de lei, encaminhado pelo governo, para modificação na Lei de Diretrizes Orçamentárias, com reflexos no cálculo do superávit primário. Se o ambiente de ontem, e o das reuniões da Comissão de Orçamento se repetirem, a coisa promete.
Não é possível que a Equipe Econômica do Governo e a Presidente ignorassem, já há alguns meses, que não seria possível cumprir a meta de superávit, se os gastos que estavam sendo feitos continuassem. Duas alternativas apresentavam-se: parar ou reduzir o ritmo do PAC, e excluir as desonerações, ou manter os dois mecanismos, para evitar desemprego e conseqüências danosas à economia. Poderia a Presidente ter proposto ao Congresso a modificação - em caráter preventivo - com explicações claras. Essa hipótese poderia ter gerado repercussão desfavorável a seu plano eleitoral. Preferiu dirigir o governo segundo seu alvedrio e deixar para solucionar depois eventual impasse. Não quero discutir que comportamento deveria ter sido adotado. Só sei que o tempo dado ao Congresso poderia ter sido maior, sem a necessidade do atropelo da urgência (há um conceito em administração que define "urgente" como aquilo que não foi feito quando deveria ter sido).
Agora, quando propõe a modificação na LDO, no apagar das luzes, sem tempo adequado para discussões, a autoridade diz, simplesmente: "TIRA ESSE LEÃO DAÍ!".
Fica fácil, uai. Que nem meu irmão caçula, com cerca de oito anos de idade, que se chegou a nossa mãe, dizendo que havia ido ao botequim, comprar um doce. Mamãe perguntou por que ele não havia pedido autorização a ela. Resposta pronta do caçula:
- Achei que a senhora não iria deixar, então, deixei para pedir na volta.

Foto (editada): WIKIPÉDIA. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_Nacional_do_Brasil

25 de nov. de 2014

CONGRESSO NACIONAL: UM PANDEMÔNIO! (EDIÇÃO EM 17/03/2020)




Manifestação a favor de Bolsonaro e contra o Congresso na Esplanada dos Ministérios



EDIÇÃO EM HOMENAGEM AOS MOVIMENTOS "FECHA CONGRESSO E STF", EM QUE PREVALECE A GROSSERIA CARACTERÍSTICA DO NOSSO TEMPO.



Concordo com que é preciso transformar o Congresso Nacional em um Congresso de Verdade. Acho que falta respeito dos parlamentares entre si (está mais para "pra lamentares" *). E não me venham dizer que é coisa deste governo. A postagem original, ora editada, é de 2014. Mas não concordo com ideias correntes e muito frequentes no Brasil, no sentido de que, quando qualquer coisa vai mal, há que se acabar com ela. Experiência anterior deixou sérias sequelas. Mas, intimamente gostaria de ver, no futuro, a cara dos que fazem campanha pela ditadura (ou fechar Congresso e STF não será ditadura?). Só alguns desses terão liberdade absoluta de expressão, a maioria será censurada. Ou será que alguém pensa que poder político é para todo mundo?
* O trocadilho não é meu. Vi, há muito tempo, não me lembro aonde. Não consigo conferir o crédito.

Imagem: Metrópoles.
https://www.metropoles.com/distrito-federal/politica-df/ataques-ao-congresso-e-ironia-a-coronavirus-marcam-atos-no-df


Abandono, desalentado, uma tremenda discussão no Congresso Nacional, a que assistia, pela TV Senado. Em sessão plenária, devem os parlamentares decidir sobre manter ou derrubar trinta e oito vetos da Presidente da República e, depois, apreciar e votar o projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), com reflexo no cálculo do superávit primário.
O Presidente do Senado, Renan Calheiros, organizou os procedimentos de modo que todos os trinta e oito vetos sejam listados em um único documento (cédula), para que os parlamentares votem. A oposição quer que cada um dos vetos seja discutido de per si, e votado através de painel eletrônico.
Argumento daqui, argumento dali, o Presidente Renan não arredou pé. A oposição manifesta-se por judicializar o procedimento, sendo que o Senador Agripino disse que irá tentar adesões para retirarem-se os dissidentes do plenário, porque não quer participar daquilo que chama desobediência à Constituição e às normas do Congresso, e descumprimento de acordo feito entre as lideranças e a presidência da Casa - o próprio Senador Renan, uma "curvatura de espinha", enfim. Tudo com o objetivo de apressar a votação do tal projeto de lei que altera a LDO, travada que está pela obrigação da Casa de tratar dos vetos, antes de tratar da referida lei.
Penso que o governo tinha condições, antes do pleito de 26 de outubro, de saber que não conseguiria cumprir a LDO. Poderia ter proposto a mudança antes das eleições. Mas seria o sonho de consumo do Aécio e a candidata adversária não iria dar mole.
Não tenho leitura para saber quem tem razão, no Congresso. Mas para discordar do voto em papel, em vez do voto em painel eletrônico, tenho. Primeiro porque, no papel, o conhecimento dos votos ficará restrito ao ambiente parlamentar, só e só. O cidadão que vai à TV Senado tem o direito de saber quem votou em que. A transparência, a publicidade (princípio constitucional da administração pública) só se realizam plenamente quando qualquer cidadão tem aceso imediato ao voto. Há instrumento para isto, apenas para aqueles que possuem tv por assinatura. Mas se o Congresso não abre geral, não pode ser dado conhecimento amplo; mas não significa que a publicidade seja negada a quem tem o recurso. Mais: o voto em painel não é para que cada parlamentar saiba em que o outro votou. Penso que se conhecem. Serve, primordialmente, a informar o cidadão, permitir-lhe acompanhar o desempenho de "seu" deputado ou senador.
Mas não estou desalentado por causa dessa ausência de informação. "Mais pior", como diria Stanislaw Ponte Preta, é verificar que o Congresso Nacional não tem, até hoje, uma forma indiscutível para seus procedimentos. Gastei boas três horas ouvindo discussão sobre isto e, no final - apesar de invocações até de inconstitucionalidades - ficou do jeito que o Presidente do Congresso achou que era. Mesmo tendo deixado de responder objetivamente a vários questionamentos que lhe foram propostos.
Como é que eu posso imaginar um país organizado, cada um sabendo mais ou menos como deve se comportar, se os membros do Congresso Nacional divergem tanto, lendo a Constituição, a Lei, os Regulamentos, as Resoluções... para acabar prevalecendo a direção do Presidente.
Um pandemônio!


Foto (editada, óbvio): WIKIPÉDIA.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_Nacional_do_Brasil

CHUVA MANSA, COMO CONVÉM!

Acordei, pela manhã, com barulhinho de chuva na janela. Chuva mansa, molhadeira, insistindo devagar durante toda a manhã. A natureza agradece e devolve em beleza para nós, que insistimos em maltratá-la.

24 de nov. de 2014

MAS UMA EMPRESA DO PORTE DA PETROBRAS NÃO POSSUI INSTRUMENTOS ADEQUADOS DE CONTROLE?!!!!!!!

Não! Não estou inventando. Não estou tirando notícias de revistas, nem mesmo da "Veja" (muitos dirão: argh!!!), nem do feicibuque (não dou ouvidos a colocações "políticas" naquelas páginas: de "um lado" fala-se que no "outro" só tem corrupto e que tais; do "outro lado" fala-se que no "um" só tem corrupto e que tais). Ouvi, em pronunciamento da Presidente da Petrobras, pela TV, que propõe a criação de uma Governança (a palavra usada foi essa mesmo), para melhorar os padrões de controle da empresa.
Meu Deus!!!! Ainda bem que não sou acionista. Se vão criar, é porque não têm. No que é de se crer, já que há notícias (essas, sim, ouvidas da tv e lidas em revistas e jornais) de que tem gente querendo devolver montão de dinheiros. Logo...


Imagem: Diário do Pré-Sal

O MOTE E O POEMA DE GREGÓRIO DE MATOS

Pode parecer coisa de partido alto: alguém apresenta um mote e começa uma cantoria de samba em versos construído sobre o mote, que vão repetindo novos motes colocados no final de cada estrofe.
É coisa mais que "da antiga".
Famosa é a trova de Gregório de Matos, de um mote que lhe foi proposto: "A mais formosa que Deus".
O poeta construiu, logo:


Eu com duas Damas vim
de uma certa romaria,
uma feia em demasia,
sendo a outra um Serafim:
e vendo-as eu ir assim
sós, sem amantes seus,
lhes perguntei, Anjos meus,
quem vos pôs em tal estado?
A feia diz que o pecado,
a mais formosa que Deus.

Gregório de Matos e Guerra, poeta colonial brasileiro, séc. XVII. Nasceu na cidade de Salvador (Bahia), em 1633. Estudou em colégio Jesuíta, na Bahia, e formou-se em Direito, na Universidade de Coimbra, Portugal. Retornando ao Brasil, além de praticar em trabalhos jurídicos, dedicou-se à literatura, escrevendo sátiras sobre a sociedade da época. Em função de suas críticas duras aos integrantes da sociedade (políticos, religiosos, empresários, ganhou o apelido de "boca do inferno". Produziu também poemas de caráter erótico e amoroso.
Gregório de Matos: importante poeta colonial brasileiroDescontentes com as críticas, as autoridades locais passaram a persegui-lo. Preso em 1694 (a inversão de algarismos no número 1964 é mera coincidência), foi deportado para Angola (África). Autorizado, mais tarde, a retornar ao Brasil, foi viver na cidade de Recife, onde faleceu em 1696.

Fonte (imagem inclusive): Sua Pesquisa.

19 de nov. de 2014

OFEREÇO BOM NEGÓCIO!



Vendo dois pés esquerdos de sapato baixo feminino, nº 38, bonitos e novinhos em folha, para quem estiver com o pé direito engessado. Preçinho camarada!

18 de nov. de 2014

MARIAS ARTESÃS - PRODUZINDO ARTESANATO E HISTÓRIA EM PATOS DE MINAS

Cadikim reproduz matéria recebida do Senar Minas - Regional de Patos de Minas, através de sua Assessora de Comunicação Bárbara Gonçalves.

"Marias Artesãs, produzindo artesanato e história.

O tradicional grupo das Marias Artesãs tem o trabalho reconhecido em toda região por produzir artesanato de palha de qualidade. Graças ao Senar Minas, as artesãs ampliaram ainda mais seus conhecimentos e agora, além da palha, utilizarão também a taboa na produção das peças.
Essa matéria prima, também conhecida como paineira-de-brejo, capim-de-esteira, paina, taboinha, tabu e outros variados nomes, é uma planta aquática e facilmente encontrada em vários municípios. Antes de ser utilizada, passa pelo processo de desidratação durante 15 dias para só depois ser transformada em bolsas, cestas, garrafas empalhadas e trançadas e outros objetos.
Antes dos cursos, o instrutor Romero do Amaral faz o resgate da história cultural da região. 'O Senar tem a preocupação de resgatar a cultura local. Em Patos de Minas, por exemplo, descobri que os tropeiros passavam para pegar água na lagoa com suas garrafas e cabaças revestidas desse material. É muito mais interessante reproduzir essas peças aprendendo um pouco da história da cidade, ainda mais ao som dos cânticos antigos entoados pelas Marias durante o trabalho', completa.
Por sete dias as dez participantes confeccionaram o material com a taboa. 'Trabalhar com a fibra foi uma novidade que adoramos. Agora que aprendemos, já estamos pensando em misturar a palha e a fibra, criando peças diferentes', conta a artesã Maria Abadia da Silva. O mobilizador Helder Pereira ressaltou o grande valor do grupo para o Sindicato Rural de Patos de Minas e para a Fundação Casa da Cultura do Milho. 'Ter o Senar como parceiro na profissionalização e valorização dessas mulheres é satisfatório para nós'.
O curso de Artesanato em Fibras Naturais foi promovido pelo Senar e Sindicato dos Produtores Rurais de Patos de Minas. Um ponto positivo e importante deste tipo de artesanato é o baixo custo do material, gerando mais renda aos artesãos. 'É gratificante poder contribuir com um projeto de sucesso. As Marias Artesãs já têm experiência em artesanato e através desse curso o Senar conseguiu agregar ainda mais ao trabalho delas', esclarece o gerente do Senar em Patos de Minas, Sérgio Coelho."


Fotos (fonte): Assessoria de Comunicação Senar Minas - Regional de Patos de Minas. 

17 de nov. de 2014

IDEIAFIX NO "GREENPEACE"


Os afeiçoados às Aventuras de Asterix saberão, certamente, quem é Ideiafix e por que era greenpeace, antes mesmo que este existisse. Para quem não conhece, informo que Goscinny e Uderzo, criadores da ditas aventuras, cuidaram de introduzir nelas um cãozinho mimoso, pertencente a Obelix, animalzinho que atende pelo nome de Ideiafix. Cãozinho que, conforme está nos enredos, ama as árvores. E não é só para "marcar território", não. Fica inconsolável quando alguma personagem causa dano a elas. Cadikim traz para a página uma cena em que Obelix, furibundo, dá um pontapé em uma árvore, derrubando-a (a descomunal força de Obelix é resultado de ter ele, quando bebê, caído em um caldeirão da poção mágica de Panoramix). A ilustração mostra a reação de Ideiafix.
Página 31 da revista
Bom mesmo é ver na revista, número 14 da Coleção, sob o título de "Asterix e os Normandos".


6 de nov. de 2014

EU NÃO AGÜENTO O ARNALDO. MAS ELE VAI TER DE AGÜENTAR UMA FINAL MINEIRA

Se o Atlético Mineiro tivesse perdido, ou não classificado, mesmo ganhando, poderiam dizer que embarquei na onda da teoria da conspiração. Não é por aí. Há muito venho manifestando que os comentaristas esportivos estranhos a Minas Gerais comentam torcendo. O Arnaldo, então! E fala absurdos. Penso que o juiz deixou de apitar um pênalte a favor do Galo. O zagueiro Anderson, do Fla, puxou Carlos pela camisa, desequilibrando-o. O Arnaldo disse que o zagueiro não chegou a fazer a falta. Aceito dar o desconto: o zagueiro "só esticou o braço mas não atingiu o atacante". Por que foi então que, em outro lance, um atleticano fez falta em um flamenguista, um lance duvidoso. Arnaldo falou que o juiz tem de apitar tudo, "tem de apitar até pensamento" - palavras dele. Uai! Por que foi que não achou que, no lance que achei pênalte (e dei o desconto para não ficar na discussão), o Arnaldo não admitiu que o juiz deveria ter apitado "até pensamento"? No mínimo, a intenção de puxar o atacante do Galo foi evidente. Então, teria de ter "apitado o pensamento". Em outro lance, o Leonardo Moura deu um leve empurrão em Douglas Santos, dentro da área. Só que o Douglas estava no ar e o "empurrãozinho" foi suficiente para desequilibrá-lo e pô-lo no chão. O Arnaldo garantiu que não foi pênalte.
Ora direis: mas o Galo ganhou de goleada e classificou-se. Para que discutir essas bobagens, que não influíram no resultado?
Não é o que estou discutindo. É a freqüente má vontade de comentaristas de Rio e São Paulo, quando se trata de times mineiros.
Carrossel - Cruzeiro x Atlético-MG Marcelo Oliveira x Levir Culpi (Foto: Editoria de Arte)
Do outro lado, o Cruzeiro despachou o Santos. Devem estar remoendo-se, por terem de agüentar uma final "pão de queijo" vs torresmo". 



Foto ao alto: Terra Esportes
http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-do-brasil/atletico-mg-repete-milagre-faz-4-no-fla-e-esta-na-final,1497a63348289410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html


Foto (montagem) abaixo: globo.com

5 de nov. de 2014

AÇÃO SOCIAL EM SANTA TERESA - BH: INCLUSÃO DE PORTADORES DA SÍNDROME DE DOWN NO MERCADO DE TRABALHO, HÁ QUARENTA ANOS


Leio Libério Neves, em "Santa Teresa", volume nº 20 da Coleção "BH. A cidade de cada um" (CONCEITO EDITORIAL - BH). Encontro ali um relato emocionante, das Associações Beneficentes do bairro de Santa Teresa, da APAE, da Associação dos Cegos e do espaço especializado na educação de Surdos, este no Grupo Estadual José Bonifácio. Morei pertinho desse Grupo Estadual e em outros lugares do bairro, sempre perto um do outro. Vivi muito tempo por ali.
Os relatos são muito vivos, assim como outros capítulos.
Destaquei, para o cadikim, um relato paralelo sobre portadores da síndrome de Down, objeto maior da emoção que senti.
Diz o autor do livro que trabalhou na Imprensa Oficial, sendo seu diretor o Dr. Paulo Campos Guimarães.
Transcrevo excerto do escrito de Libério Neves:


"Quando trabalhei na Imprensa Oficial era seu diretor o Dr. Paulo Campos Guimarães. Pai de um jovem com síndrome de Down, ele criara na Imprensa uma sessão das oficinas toda formada por funcionários com tal deficiência e, salvo engano, dirigida por seu próprio filho. § Na hora do lanche, eles se espalhavam pelos diversos setores afora, numa visita cordial e cotidiana aos outros funcionários distribuídos pela casa. Meu lugar ficava na sala do Suplemento Literário, então dirigido pelo amigo pessoal e modelar contista Murilo Rubião. § Todos nós os recebíamos com uma especial atenção, depois eles voltavam para o trabalho, não sem antes beijarem os rostos das funcionárias ali; disso, eles faziam questão. § Tal imagem de simpatia, tão repetida neles, parecidos uns com os outros, é marcado pelas dobras no canto interno dos olhos (os epicantos); e vim a perceber como característica de alma, nessas pessoas, a pureza, ao transitar com tantos, nos ônibus que fazem a linha de Santa Teresa. § Cheguei a pensar que o mundo bem podia ser governado por pessoas mansas assim, e por elas escrevi este poema. Não tenho como deixá-lo de fora, se as vejo cotidianamente, em meu ir e vir, do Bairro e para o Bairro.


OS ANJOS CISMADORES

Pequeno canto aos quantos
herdeiros de Epicanto.

Mansos filhos de Deus
feitos em alma e olhos,
frutos postos no mundo
por um destino igual.

Não como tenho os meus,
olham com os seus olhos
puros por este mundo
longe de todo mal.

Vivem assim talvez
no Olimpo entre as crianças
sem grito ou desencanto
nem maldosas heranças.

Tão dóceis, e sendo dez
ou mil ao nosso alcance
ao rés do chão, voam
ó anjos na distância.

Busco alcançar no amor
o véu das suas mentes,
contudo são do Céu
- felizes eternamente."

A inserção de pessoas portadoras da síndrome de Down, em atividades laborais, já fora objeto dos cuidados do Dr. Paulo Campos Guimarães, há em torno de quarenta anos, pelo menos (o Dr. Paulo faleceu em 1980). Fundador da APAE em Minas Gerais, o Dr. Paulo antecipou-se - e muito - nos conceitos sobre portadores da síndrome.