26 de nov. de 2014

FUTEBOL MINEIRO: O QUE O CADIKIM DISSE EM JUNHO 2012 AINDA ESTÁ VALENDO!


A situação era diferente. Nossos times haviam terminado a campanha do ano anterior em situação nada animadora. Ficaram melhores em 2012 (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/06/futebol-mineiro-quem-meteu-o-pau-deve.html). O tempo seguiu com bons ventos e estamos vendo Atlético (depois de tornar-se campeão da Libertadores) e Cruzeiro (bicampeão - seguido - do brasileiro, tetra no geral) decidindo a Copa do Brasil. É o futebol mineiro voando em céu de brigadeiro. Tudo para ser um grande jogo!









TIRANDO O LEÃO, FICA FÁCIL. ENTÃO, MUDEMOS A LDO, UAI!

Em 22/06/2013, cadikim publicou a estória do bêbado que, no circo, disse ser capaz de fazer a mesma cena que estava acontecendo no picadeiro, envolvendo um leão e uma mocinha, e, quando o dono do circo, irado, desafiou-o a fazê-lo, bradou:
"Então, tira esse leão daí!".
(http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/06/isso-ai-eu-tambem-faco.html).
Hoje, acontecerá, no Congresso Nacional, a votação do projeto de lei, encaminhado pelo governo, para modificação na Lei de Diretrizes Orçamentárias, com reflexos no cálculo do superávit primário. Se o ambiente de ontem, e o das reuniões da Comissão de Orçamento se repetirem, a coisa promete.
Não é possível que a Equipe Econômica do Governo e a Presidente ignorassem, já há alguns meses, que não seria possível cumprir a meta de superávit, se os gastos que estavam sendo feitos continuassem. Duas alternativas apresentavam-se: parar ou reduzir o ritmo do PAC, e excluir as desonerações, ou manter os dois mecanismos, para evitar desemprego e conseqüências danosas à economia. Poderia a Presidente ter proposto ao Congresso a modificação - em caráter preventivo - com explicações claras. Essa hipótese poderia ter gerado repercussão desfavorável a seu plano eleitoral. Preferiu dirigir o governo segundo seu alvedrio e deixar para solucionar depois eventual impasse. Não quero discutir que comportamento deveria ter sido adotado. Só sei que o tempo dado ao Congresso poderia ter sido maior, sem a necessidade do atropelo da urgência (há um conceito em administração que define "urgente" como aquilo que não foi feito quando deveria ter sido).
Agora, quando propõe a modificação na LDO, no apagar das luzes, sem tempo adequado para discussões, a autoridade diz, simplesmente: "TIRA ESSE LEÃO DAÍ!".
Fica fácil, uai. Que nem meu irmão caçula, com cerca de oito anos de idade, que se chegou a nossa mãe, dizendo que havia ido ao botequim, comprar um doce. Mamãe perguntou por que ele não havia pedido autorização a ela. Resposta pronta do caçula:
- Achei que a senhora não iria deixar, então, deixei para pedir na volta.

Foto (editada): WIKIPÉDIA. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_Nacional_do_Brasil

25 de nov. de 2014

CONGRESSO NACIONAL: UM PANDEMÔNIO! (EDIÇÃO EM 17/03/2020)




Manifestação a favor de Bolsonaro e contra o Congresso na Esplanada dos Ministérios



EDIÇÃO EM HOMENAGEM AOS MOVIMENTOS "FECHA CONGRESSO E STF", EM QUE PREVALECE A GROSSERIA CARACTERÍSTICA DO NOSSO TEMPO.



Concordo com que é preciso transformar o Congresso Nacional em um Congresso de Verdade. Acho que falta respeito dos parlamentares entre si (está mais para "pra lamentares" *). E não me venham dizer que é coisa deste governo. A postagem original, ora editada, é de 2014. Mas não concordo com ideias correntes e muito frequentes no Brasil, no sentido de que, quando qualquer coisa vai mal, há que se acabar com ela. Experiência anterior deixou sérias sequelas. Mas, intimamente gostaria de ver, no futuro, a cara dos que fazem campanha pela ditadura (ou fechar Congresso e STF não será ditadura?). Só alguns desses terão liberdade absoluta de expressão, a maioria será censurada. Ou será que alguém pensa que poder político é para todo mundo?
* O trocadilho não é meu. Vi, há muito tempo, não me lembro aonde. Não consigo conferir o crédito.

Imagem: Metrópoles.
https://www.metropoles.com/distrito-federal/politica-df/ataques-ao-congresso-e-ironia-a-coronavirus-marcam-atos-no-df


Abandono, desalentado, uma tremenda discussão no Congresso Nacional, a que assistia, pela TV Senado. Em sessão plenária, devem os parlamentares decidir sobre manter ou derrubar trinta e oito vetos da Presidente da República e, depois, apreciar e votar o projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), com reflexo no cálculo do superávit primário.
O Presidente do Senado, Renan Calheiros, organizou os procedimentos de modo que todos os trinta e oito vetos sejam listados em um único documento (cédula), para que os parlamentares votem. A oposição quer que cada um dos vetos seja discutido de per si, e votado através de painel eletrônico.
Argumento daqui, argumento dali, o Presidente Renan não arredou pé. A oposição manifesta-se por judicializar o procedimento, sendo que o Senador Agripino disse que irá tentar adesões para retirarem-se os dissidentes do plenário, porque não quer participar daquilo que chama desobediência à Constituição e às normas do Congresso, e descumprimento de acordo feito entre as lideranças e a presidência da Casa - o próprio Senador Renan, uma "curvatura de espinha", enfim. Tudo com o objetivo de apressar a votação do tal projeto de lei que altera a LDO, travada que está pela obrigação da Casa de tratar dos vetos, antes de tratar da referida lei.
Penso que o governo tinha condições, antes do pleito de 26 de outubro, de saber que não conseguiria cumprir a LDO. Poderia ter proposto a mudança antes das eleições. Mas seria o sonho de consumo do Aécio e a candidata adversária não iria dar mole.
Não tenho leitura para saber quem tem razão, no Congresso. Mas para discordar do voto em papel, em vez do voto em painel eletrônico, tenho. Primeiro porque, no papel, o conhecimento dos votos ficará restrito ao ambiente parlamentar, só e só. O cidadão que vai à TV Senado tem o direito de saber quem votou em que. A transparência, a publicidade (princípio constitucional da administração pública) só se realizam plenamente quando qualquer cidadão tem aceso imediato ao voto. Há instrumento para isto, apenas para aqueles que possuem tv por assinatura. Mas se o Congresso não abre geral, não pode ser dado conhecimento amplo; mas não significa que a publicidade seja negada a quem tem o recurso. Mais: o voto em painel não é para que cada parlamentar saiba em que o outro votou. Penso que se conhecem. Serve, primordialmente, a informar o cidadão, permitir-lhe acompanhar o desempenho de "seu" deputado ou senador.
Mas não estou desalentado por causa dessa ausência de informação. "Mais pior", como diria Stanislaw Ponte Preta, é verificar que o Congresso Nacional não tem, até hoje, uma forma indiscutível para seus procedimentos. Gastei boas três horas ouvindo discussão sobre isto e, no final - apesar de invocações até de inconstitucionalidades - ficou do jeito que o Presidente do Congresso achou que era. Mesmo tendo deixado de responder objetivamente a vários questionamentos que lhe foram propostos.
Como é que eu posso imaginar um país organizado, cada um sabendo mais ou menos como deve se comportar, se os membros do Congresso Nacional divergem tanto, lendo a Constituição, a Lei, os Regulamentos, as Resoluções... para acabar prevalecendo a direção do Presidente.
Um pandemônio!


Foto (editada, óbvio): WIKIPÉDIA.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_Nacional_do_Brasil

CHUVA MANSA, COMO CONVÉM!

Acordei, pela manhã, com barulhinho de chuva na janela. Chuva mansa, molhadeira, insistindo devagar durante toda a manhã. A natureza agradece e devolve em beleza para nós, que insistimos em maltratá-la.

24 de nov. de 2014

MAS UMA EMPRESA DO PORTE DA PETROBRAS NÃO POSSUI INSTRUMENTOS ADEQUADOS DE CONTROLE?!!!!!!!

Não! Não estou inventando. Não estou tirando notícias de revistas, nem mesmo da "Veja" (muitos dirão: argh!!!), nem do feicibuque (não dou ouvidos a colocações "políticas" naquelas páginas: de "um lado" fala-se que no "outro" só tem corrupto e que tais; do "outro lado" fala-se que no "um" só tem corrupto e que tais). Ouvi, em pronunciamento da Presidente da Petrobras, pela TV, que propõe a criação de uma Governança (a palavra usada foi essa mesmo), para melhorar os padrões de controle da empresa.
Meu Deus!!!! Ainda bem que não sou acionista. Se vão criar, é porque não têm. No que é de se crer, já que há notícias (essas, sim, ouvidas da tv e lidas em revistas e jornais) de que tem gente querendo devolver montão de dinheiros. Logo...


Imagem: Diário do Pré-Sal

O MOTE E O POEMA DE GREGÓRIO DE MATOS

Pode parecer coisa de partido alto: alguém apresenta um mote e começa uma cantoria de samba em versos construído sobre o mote, que vão repetindo novos motes colocados no final de cada estrofe.
É coisa mais que "da antiga".
Famosa é a trova de Gregório de Matos, de um mote que lhe foi proposto: "A mais formosa que Deus".
O poeta construiu, logo:


Eu com duas Damas vim
de uma certa romaria,
uma feia em demasia,
sendo a outra um Serafim:
e vendo-as eu ir assim
sós, sem amantes seus,
lhes perguntei, Anjos meus,
quem vos pôs em tal estado?
A feia diz que o pecado,
a mais formosa que Deus.

Gregório de Matos e Guerra, poeta colonial brasileiro, séc. XVII. Nasceu na cidade de Salvador (Bahia), em 1633. Estudou em colégio Jesuíta, na Bahia, e formou-se em Direito, na Universidade de Coimbra, Portugal. Retornando ao Brasil, além de praticar em trabalhos jurídicos, dedicou-se à literatura, escrevendo sátiras sobre a sociedade da época. Em função de suas críticas duras aos integrantes da sociedade (políticos, religiosos, empresários, ganhou o apelido de "boca do inferno". Produziu também poemas de caráter erótico e amoroso.
Gregório de Matos: importante poeta colonial brasileiroDescontentes com as críticas, as autoridades locais passaram a persegui-lo. Preso em 1694 (a inversão de algarismos no número 1964 é mera coincidência), foi deportado para Angola (África). Autorizado, mais tarde, a retornar ao Brasil, foi viver na cidade de Recife, onde faleceu em 1696.

Fonte (imagem inclusive): Sua Pesquisa.

19 de nov. de 2014

OFEREÇO BOM NEGÓCIO!



Vendo dois pés esquerdos de sapato baixo feminino, nº 38, bonitos e novinhos em folha, para quem estiver com o pé direito engessado. Preçinho camarada!

18 de nov. de 2014

MARIAS ARTESÃS - PRODUZINDO ARTESANATO E HISTÓRIA EM PATOS DE MINAS

Cadikim reproduz matéria recebida do Senar Minas - Regional de Patos de Minas, através de sua Assessora de Comunicação Bárbara Gonçalves.

"Marias Artesãs, produzindo artesanato e história.

O tradicional grupo das Marias Artesãs tem o trabalho reconhecido em toda região por produzir artesanato de palha de qualidade. Graças ao Senar Minas, as artesãs ampliaram ainda mais seus conhecimentos e agora, além da palha, utilizarão também a taboa na produção das peças.
Essa matéria prima, também conhecida como paineira-de-brejo, capim-de-esteira, paina, taboinha, tabu e outros variados nomes, é uma planta aquática e facilmente encontrada em vários municípios. Antes de ser utilizada, passa pelo processo de desidratação durante 15 dias para só depois ser transformada em bolsas, cestas, garrafas empalhadas e trançadas e outros objetos.
Antes dos cursos, o instrutor Romero do Amaral faz o resgate da história cultural da região. 'O Senar tem a preocupação de resgatar a cultura local. Em Patos de Minas, por exemplo, descobri que os tropeiros passavam para pegar água na lagoa com suas garrafas e cabaças revestidas desse material. É muito mais interessante reproduzir essas peças aprendendo um pouco da história da cidade, ainda mais ao som dos cânticos antigos entoados pelas Marias durante o trabalho', completa.
Por sete dias as dez participantes confeccionaram o material com a taboa. 'Trabalhar com a fibra foi uma novidade que adoramos. Agora que aprendemos, já estamos pensando em misturar a palha e a fibra, criando peças diferentes', conta a artesã Maria Abadia da Silva. O mobilizador Helder Pereira ressaltou o grande valor do grupo para o Sindicato Rural de Patos de Minas e para a Fundação Casa da Cultura do Milho. 'Ter o Senar como parceiro na profissionalização e valorização dessas mulheres é satisfatório para nós'.
O curso de Artesanato em Fibras Naturais foi promovido pelo Senar e Sindicato dos Produtores Rurais de Patos de Minas. Um ponto positivo e importante deste tipo de artesanato é o baixo custo do material, gerando mais renda aos artesãos. 'É gratificante poder contribuir com um projeto de sucesso. As Marias Artesãs já têm experiência em artesanato e através desse curso o Senar conseguiu agregar ainda mais ao trabalho delas', esclarece o gerente do Senar em Patos de Minas, Sérgio Coelho."


Fotos (fonte): Assessoria de Comunicação Senar Minas - Regional de Patos de Minas. 

17 de nov. de 2014

IDEIAFIX NO "GREENPEACE"


Os afeiçoados às Aventuras de Asterix saberão, certamente, quem é Ideiafix e por que era greenpeace, antes mesmo que este existisse. Para quem não conhece, informo que Goscinny e Uderzo, criadores da ditas aventuras, cuidaram de introduzir nelas um cãozinho mimoso, pertencente a Obelix, animalzinho que atende pelo nome de Ideiafix. Cãozinho que, conforme está nos enredos, ama as árvores. E não é só para "marcar território", não. Fica inconsolável quando alguma personagem causa dano a elas. Cadikim traz para a página uma cena em que Obelix, furibundo, dá um pontapé em uma árvore, derrubando-a (a descomunal força de Obelix é resultado de ter ele, quando bebê, caído em um caldeirão da poção mágica de Panoramix). A ilustração mostra a reação de Ideiafix.
Página 31 da revista
Bom mesmo é ver na revista, número 14 da Coleção, sob o título de "Asterix e os Normandos".


6 de nov. de 2014

EU NÃO AGÜENTO O ARNALDO. MAS ELE VAI TER DE AGÜENTAR UMA FINAL MINEIRA

Se o Atlético Mineiro tivesse perdido, ou não classificado, mesmo ganhando, poderiam dizer que embarquei na onda da teoria da conspiração. Não é por aí. Há muito venho manifestando que os comentaristas esportivos estranhos a Minas Gerais comentam torcendo. O Arnaldo, então! E fala absurdos. Penso que o juiz deixou de apitar um pênalte a favor do Galo. O zagueiro Anderson, do Fla, puxou Carlos pela camisa, desequilibrando-o. O Arnaldo disse que o zagueiro não chegou a fazer a falta. Aceito dar o desconto: o zagueiro "só esticou o braço mas não atingiu o atacante". Por que foi então que, em outro lance, um atleticano fez falta em um flamenguista, um lance duvidoso. Arnaldo falou que o juiz tem de apitar tudo, "tem de apitar até pensamento" - palavras dele. Uai! Por que foi que não achou que, no lance que achei pênalte (e dei o desconto para não ficar na discussão), o Arnaldo não admitiu que o juiz deveria ter apitado "até pensamento"? No mínimo, a intenção de puxar o atacante do Galo foi evidente. Então, teria de ter "apitado o pensamento". Em outro lance, o Leonardo Moura deu um leve empurrão em Douglas Santos, dentro da área. Só que o Douglas estava no ar e o "empurrãozinho" foi suficiente para desequilibrá-lo e pô-lo no chão. O Arnaldo garantiu que não foi pênalte.
Ora direis: mas o Galo ganhou de goleada e classificou-se. Para que discutir essas bobagens, que não influíram no resultado?
Não é o que estou discutindo. É a freqüente má vontade de comentaristas de Rio e São Paulo, quando se trata de times mineiros.
Carrossel - Cruzeiro x Atlético-MG Marcelo Oliveira x Levir Culpi (Foto: Editoria de Arte)
Do outro lado, o Cruzeiro despachou o Santos. Devem estar remoendo-se, por terem de agüentar uma final "pão de queijo" vs torresmo". 



Foto ao alto: Terra Esportes
http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-do-brasil/atletico-mg-repete-milagre-faz-4-no-fla-e-esta-na-final,1497a63348289410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html


Foto (montagem) abaixo: globo.com

5 de nov. de 2014

AÇÃO SOCIAL EM SANTA TERESA - BH: INCLUSÃO DE PORTADORES DA SÍNDROME DE DOWN NO MERCADO DE TRABALHO, HÁ QUARENTA ANOS


Leio Libério Neves, em "Santa Teresa", volume nº 20 da Coleção "BH. A cidade de cada um" (CONCEITO EDITORIAL - BH). Encontro ali um relato emocionante, das Associações Beneficentes do bairro de Santa Teresa, da APAE, da Associação dos Cegos e do espaço especializado na educação de Surdos, este no Grupo Estadual José Bonifácio. Morei pertinho desse Grupo Estadual e em outros lugares do bairro, sempre perto um do outro. Vivi muito tempo por ali.
Os relatos são muito vivos, assim como outros capítulos.
Destaquei, para o cadikim, um relato paralelo sobre portadores da síndrome de Down, objeto maior da emoção que senti.
Diz o autor do livro que trabalhou na Imprensa Oficial, sendo seu diretor o Dr. Paulo Campos Guimarães.
Transcrevo excerto do escrito de Libério Neves:


"Quando trabalhei na Imprensa Oficial era seu diretor o Dr. Paulo Campos Guimarães. Pai de um jovem com síndrome de Down, ele criara na Imprensa uma sessão das oficinas toda formada por funcionários com tal deficiência e, salvo engano, dirigida por seu próprio filho. § Na hora do lanche, eles se espalhavam pelos diversos setores afora, numa visita cordial e cotidiana aos outros funcionários distribuídos pela casa. Meu lugar ficava na sala do Suplemento Literário, então dirigido pelo amigo pessoal e modelar contista Murilo Rubião. § Todos nós os recebíamos com uma especial atenção, depois eles voltavam para o trabalho, não sem antes beijarem os rostos das funcionárias ali; disso, eles faziam questão. § Tal imagem de simpatia, tão repetida neles, parecidos uns com os outros, é marcado pelas dobras no canto interno dos olhos (os epicantos); e vim a perceber como característica de alma, nessas pessoas, a pureza, ao transitar com tantos, nos ônibus que fazem a linha de Santa Teresa. § Cheguei a pensar que o mundo bem podia ser governado por pessoas mansas assim, e por elas escrevi este poema. Não tenho como deixá-lo de fora, se as vejo cotidianamente, em meu ir e vir, do Bairro e para o Bairro.


OS ANJOS CISMADORES

Pequeno canto aos quantos
herdeiros de Epicanto.

Mansos filhos de Deus
feitos em alma e olhos,
frutos postos no mundo
por um destino igual.

Não como tenho os meus,
olham com os seus olhos
puros por este mundo
longe de todo mal.

Vivem assim talvez
no Olimpo entre as crianças
sem grito ou desencanto
nem maldosas heranças.

Tão dóceis, e sendo dez
ou mil ao nosso alcance
ao rés do chão, voam
ó anjos na distância.

Busco alcançar no amor
o véu das suas mentes,
contudo são do Céu
- felizes eternamente."

A inserção de pessoas portadoras da síndrome de Down, em atividades laborais, já fora objeto dos cuidados do Dr. Paulo Campos Guimarães, há em torno de quarenta anos, pelo menos (o Dr. Paulo faleceu em 1980). Fundador da APAE em Minas Gerais, o Dr. Paulo antecipou-se - e muito - nos conceitos sobre portadores da síndrome. 

A ARTE POÉTICA DE CÍCERO CHRISTÓFARO

Mundico Gargalhada










HOJE 28Y

acordei de pernas pro ar
não tão simplesmente
a cabeça tresloucada
ocupou o lugar dos pés
e mais
o ouvido direito passou para o lado esquerdo
que não se fez de rogado
pulou para o lado direito
o braço direito para o lado esquerdo
que foi para o direito
o fígado gritou ao coração
estou chegando
este, antes de pular fora
subiu para o pescoço definindo um bócio

rápido, percebendo trocas
órgãos, membros, músculos, veias, pele
redefiniram-se ao Deus dará
os olhos, ah, os olhos
aguardando chance, deslocaram-se
olhavam à distância
antes, quando sorria
eles se fechavam deliciosamente

foi o que fizeram
observando o resultado



4 de nov. de 2014

PREMIAÇÃO FESTIVAIS DE POESIA FALADA DE SÃO FIDÉLIS


Cadikim prometeu divulgar as premiações outorgadas a concorrentes a Festivais de
Poesia Falada de São Fidélis, realizados durante a Semana Cultural 2014, naquela cidade. Vejamos:








I FESTIVAL ESTUDANTIL DE POESIA FALADA

1º - "As Marias do Meu Mundo"
Autor: Pedro Muryllo Navega Pinheiro de Souza
Escola: Colégio Estadual de São Fidélis
Prêmio: 01 (um) notebook

2º - "O Cangaceiro e sua estrela perdida"
Autora: Taynara dos Santos da Silva
Escola: Colégio Estadual de São Fidélis
Prêmio: 01 (um) tablet

3º - "Viver a Vida"
Autora: Gabriely de Souza Guimarães
Escola: Escola Municipal Mestra Maria Firmina
Prêmio: 01 (uma) câmera digital

Melhor intérprete: Pedro Muryllo Navega Pinheiro de Souza, com a obra de sua autoria, já citada.
Prêmio: 01 (um) notebook

Menção Honrosa: Maria Clara Bianchini Malafaia Coelho
Poesia: "Reflexo e Reflexões"
Escola: Colégio Fidelense
Prêmio: 01 (uma) câmera digital


I FESTIVAL DE POESIA FALADA DE POETAS FIDELENSES

1º - "Jaz"
Autor: Thiago Yuri Gomes Miranda
Prêmio: R$3.000,00 (três mil reais)

2º - "O Que Não é Preciso Dizer"
Autor: João Geraldo Martins Evangelista
Prêmio: R$2.000,00 (dois mil reais)

3º - "Viajante de Sonhos"
Autor: Gustavo Polycarpo
Prêmio: R$1.000,00 (um mil reais)

Melhor intérprete: Thiago Yuri
Prêmio: R$3.000,00 (três mil reais)

Menção Honrosa: Aline Reis
Prêmio: R$1.000,00 (um mil reais)


I FESTIVAL DE POESIA FALADA DA TERCEIRA IDADE

1º - "Você"
Autor: Nicolau de Souza Campanelli
Prêmio: 01 (uma) TV led 32 polegadas

2º - "A Tarde"
Autora: Genessy de Souza Carneiro
Prêmio: 01 (um) micro-system

3º - "Dias frios e sombrios"
Autora: Maria Antônia Albuquerque
Prêmio: 01 (uma) câmera digital

Melhor intérprete: Lúcia Helena Abreu Raunhette
Poesia: "Você"
Prêmio: 01 (uma) TV led 32 polegadas

Menção Honrosa: Genessy de Souza Carneiro
Poesia: "A Tarde"
Prêmio: 01 (uma) câmera digital


VI FESTIVAL ABERTO DE POESIA FALADA DE SÃO FIDÉLIS

1º - "E Assim Por Diante"
Autor: João Geraldo Martins Evangelista
Prêmio: R$5.000,00 (cinco mil reais)

2º - "Despedida de Amélia"
Autor: Éder Rodrigues
Prêmio: R$4.000,00 (quatro mil reais)

3º - "Eu Canto Uns Verso Procê"
Autor: Marco Antônio Comini Christófaro
Prêmio: R$3.000,00 (três mil reais)

Melhor intérprete: Marco Antônio Comini Christófaro
Poesia: "Eu Canto Uns Verso Procê"
Prêmio: R$5.000,00 (cinco mil reais)

Menção Honrosa: João Geraldo Martins Evangelista
Poesia: "Pá-Lavra"
Prêmio: R$3.000,00 (três mil reais)