31 de mai. de 2015

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - A VOZ DO MORRO



"Sou eu quem leva a alegria para milhões de corações brasileiros."



Zé Ketti



Zé Keti, em "A voz do morro".





Para ouvir com o autor:
https://www.youtube.com/watch?v=Csfnms2xGvk

Foto: Sambaderaiz.
http://www.sambaderaiz.net/ze-keti-biografia/

PARQUE DO MOCAMBO - NOVIDADES ATRATIVAS

Abro pausa à mesmice indo ao Parque do Mocambo, dentre outras coisas. Costumo passear por lá mas andei algo afastado, por viagens. Surpreendi-me com algumas modificações, tudo muito agradável.




Logo na "sala de visitas" (a entrada do parque), dois pequenos lagos, aproveitando um pequeno curso de água, nos quais uns peixinhos coloridos ensaiam multiplicação.





Um pouco à frente, à esquerda, encontrei um conjunto de equipamentos para
trabalhos físicos. Pareceram-me sólidos, aptos a durar por tempo considerável. A disposição deles é muito interessante e várias pessoas podem exercitar-se, ao mesmo tempo. Alguns aparelhos implicam a presença conjunta de duas pessoas.




Em lugar visível, dois quadros (frente e verso) indicam o modo de utilizar
esses aparelhos.






Mais adiante, o lago. Vazio e monótono que estava, apresenta o espelho dágua bonito, valorizando o conjunto, que apreciamos e merecemos.




À frente, uma área, que estava em estado de tristeza, foi recuperada com a ampliação da pouca água que existia, sem graça e parecendo suja, para um pequeno lago ocupando área maior. De quebra, uma pequena cascata dá vida ao espaço.







Por fim, à saída do parque, topei com uma pequena ave, chegando da rua (não sei se saracura ou frango dágua, ou jaçanã; ou se são a mesma coisa; ou não). Parecia estar voltando da balada, muito cabreira. De mansinho, entrou no mato, saiu pouquinho depois, para desaparecer definitivamente no verde.








30 de mai. de 2015

DA MINHA JANELA, DE MANHÃ À NOITE




Muito bom olhar pela janela, desde a manhã até a noite fechada. Minha janela era um quadro muito bonito, permitindo ver o cenário de um céu quase sempre azul, com uma parte muito bonita da cidade, incluindo um lindo ipê amarelo.



Aos poucos, a paisagem foi sendo modificada pela ação do homem. Ora um edifício de altura média, já escondendo alguma coisa. Depois, um casa mais alta e mais próxima roubou-me a Praça Champagnat, com o tal ipê que o tempo cuidou de derrubar, irrecuperavelmente.
Ainda assim, passo pela janela, várias vezes ao dia, para apreciar o que ainda me sobra. Vejo nuvens que o vento leva a passear; entardeceres românticos e noites enluaradas, limpas ou fechadas.
Ainda vale a pena voltar à janela e à vida.














29 de mai. de 2015

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - JOGANDO COM O CAPETA



"Puxei minha solingen e fiz o pelo sinal."



Moreira da Silva




Moreira da Silva e Ribeiro Cunha, em "Jogando com o Capeta"







Imagem: MUSICABRASILIS.
https://musicabrasilis.org.br/compositores/moreira-da-silva

Para ouvir com Moreira da Silva: YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=ardyvmvwHRI

Nota do cadikim: "solingen" é uma marca de cortantes, expressão que a malandragem usava para designar "navalha", arma que alguns usavam em suas desavenças. Malandros mais preguiçosos chamavam-na apenas "sola".

TIRA ESSE BICHO DAÍ!!! EDIÇÃO DEM 10/12/2022.

Sede CBF futebol (Foto: Agência Reuters)
ANTES DE ONTEM
Não sei por que me lembrei da estória. Um camarada foi pego em flagrante, furtando um porco. Colocou o suíno nas costas e saiu pela rua. Grita geral: pega esse ladrão! Roubou o porco! Deu BO e o policial abordou o indefectível amigo do alheio:
- Você está preso!
- Preso por que, "seu" polícia?
- Por estar roubando esse porco.
- Porco? porco? Meu Deus! Tira esse bicho daí! Tira esse bicho daí!
Ah! Agora me lembro por que recordei essa estória.
POUQUINHO TEMPO DEPOIS
Mal pipocou o escândalo da FIFA, com prisões de graúdos da entidade, dentre eles o Vice-Presidente José Maria Marin (ex-Presidente da CBF), Marco Polo Del Nero, atual Presidente, voltou pra casa e, logo em seguida, foi retirado o nome de José Maria Marin da fachada do prédio da CBF.
Depressinha, hein?!!!!

É o Adoniran Barbosa dizendo, no samba "Morro do Piolho" (e o que acontece com frequência no mundo político):

"Esse negrão, quando vê a coisa preta, vai dizendo: tô inocente! Não conhece mais ninguém".

Fotos: fatimanews.
http://www.fatimanews.com.br/esportes/cbf-retira-nome-de-jose-maria-marin-de-sede-da-entidade-no-rio-de/168018/

NA FILA DO SUS...

...para vacinar. Havia cerca de cinco pessoas já chegadas ali. Além dessas, um jovem casal estava com um recém-nascido no colo, parecendo que nada a ver com vacina. Foi quando a profissional de saúde chegou à porta, depois de liquidar umas duas ou três faturas em família, com o inevitável choro do pequenininho, chamou a próxima e avisou que, após vaciná-la, iria paralisar a vacinação por um tempo, porque havia uma paciente puérpera, com o bebê no colo, e que iria atendê-la com prioridade, para fazer o exame do pezinho no bebê, o que demoraria um pouquinho (tratava-se do casal). Ficamos todos na nossa, aguardando o reinício da vacinação.
Foi quando chegou uma moça, bem vestida, porte diferente de todos os que ali aguardávamos, e perguntou se estava havendo vacinação. Resposta positiva, perguntou quem iria ser vacinado. Uma pessoa indicou o grupo na espera. Aí, perguntou se ia demorar. Ninguém tinha mínima ideia. Aí a moça perguntou quem seria o último. Duas crianças foram indicadas. A mocinha, então, falou que o lugar seguinte era dela, que precisava sair um pouco e, voltando, entraria no lugar que afirmou ser o seu. Ninguém retrucou, parecendo que ficara tudo certo.
Sucedeu que a vacinação recomeçou e os que aguardávamos (eu era o ante-penúltimo) fomos sendo atendidos. Enquanto isso, outras pessoas candidatas à agulha foram chegando.
Quando saí, só havia, remanescendo, duas crianças. Os demais todos não tinham visto a mocinha, nem ouvido o papo dela.
Imaginei a cena, imediatamente. A mocinha, se voltasse, iria encontrar ali somente pessoas que não a tinham visto, nem ouvido coisa alguma. Seria uma questão de fé, acreditar que ela havia reservado um lugar para si.
Gostaria de ter assistido ao que se seguiu. Primeiro porque, no meu íntimo, penso que o que guarda lugar é bunda. Segundo, porque a mocinha poderia é ter ficado com vergonha da possibilidade de alguém conhecido encontrá-la toda arrumadinha em uma fila do SUS. Bobagem, porque o SUS é feito para todo mundo, mas tem gente que sente.
Pensei que, se as pessoas que estivessem aguardando quando a mocinha voltasse, não levassem fé no seu papo, eu gostaria de presenciar o bafão. Incluindo que poderia chegar alguém conhecido da mocinha e assistir à cena.
Minha conclusão: quem entra em fila do SUS tem de ficar quietinho, pacientemente, aguardando a vez, ou desistir, ou, se sair e voltar, enfrentar novamente a fila, como se nada tivesse ocorrido. É claro que pode reclamar do SUS, com energia até, quando e onde não estiver funcionando bem. Não era o caso da fila de vacinação.


Foto: Gazeta de Toledo.
http://www.gazetatoledo.com.br/NOTICIA/2384/ADOLESCENTES_FAZEM_FILA_PARA_RECEBER_DOSE_CONTRA_HPV#.VWhyNdJVhBc

28 de mai. de 2015

PRECONCEITOS À PARTE... AS APARÊNCIAS ENGANAM.

Seguia de carro com minha mulher, quando fomos ultrapassados por uma caminhonete pequena, dirigida por um homem usando um capuz, que lhe cobria parte do rosto. Dirigia em uma velocidade que poderia ser menor (não era irregular), porque teria de parar no semáforo amarelo à frente, prestes, pois, a variar para o vermelho, pouco mais de cinquenta metros. A situação aconselhava redução de velocidade, para evitar freada brusca. Som ligado muito alto, ainda antes das sete da manhã, nas caixas, conduzidas na carroceria. Parou a menos de meio metro de um carro que já havia parado, pois que o semáforo já estava vermelho. Olhando para a pessoa, minha mulher observou: "parece marginal". Acrescentou que era puro preconceito.
Olhei, também, e objetei: "pode parecer um monge, uai!". Falei que a observação dela estava mais ligada à conduta do homem do que à figura.
Uma pessoa com capuz cobrindo a maior parte do rosto, se estiver dando comida aos pombinhos, ou em postura de prece, pode ser interpretada como monge; se estiver com um baita machado na mão, poderá ser um carrasco. Ou, em qualquer dos casos, poderá ser nada disto.

Imagem de monge: AUM MAGIC.
http://aumagic.blogspot.com.br/2013/01/o-dia-dia-de-um-monge-beneditino.html

Imagem de carrasco: GENIUS.
http://genius.com/3237279

27 de mai. de 2015

TERCEIRIZAÇÃO SENTIDA NA PELE

foto_terceirizacao
Vantagens (algumas hipotéticas e incertas,
como qualidade do serviço) todas para o terceirizador.
CENA 1: Estive na cidade sulmineira de Passa Quatro. Para que uma floricultura, em Patos de Minas, pudesse mandar flores para minha mulher, precisei fazer um depósito na Caixa Econômica Federal (e só na Caixa Econômica Federal). Atravessei a linha férrea e cheguei à porta da Caixa. Fechada. Alguns funcionários dentro. Perguntei: mas fechado, já? Faltam quinze para as quatro. Preciso apenas fazer um depósito. Um(a?) servidor(a?) respondeu que a Caixa fechara às três da tarde. Assustei-me: só até as três da tarde? A pessoa objetou que começam às dez e fecham às quinze. Acrescentou que eu poderia fazer o depósito na lotérica (lugar de onde estivera perto, pouco antes; lá tudo é perto). Voltei a atravessar a linha e fui à lotérica. Atendido por uma moça, fiz meu depósito (a entrega das flores ficou garantida com transmissão, por e-mail, do comprovante do depósito).
Observo, pela frequência em casas lotéricas em várias cidades (todas da Caixa), que o foco pende mais para depósitos, retiradas, pagamentos de contas, enfim, serviços bancários. Parece-me que loteria é uma carona.
Vejamos mais um lado da terceirização: funcionários(as) da Caixa Econômica Federal, com tudo a que o status dá direito, atendem das dez da manhã às três da tarde. A trabalhadora terceirizada da lotérica (com atividade-fim terceirizada) trabalha das oito às dezoito (com horário de almoço, presumivelmente). Muito provavelmente, não ganha salários iguais para idêntica atividade, além de vender a sorte. A segurança no emprego também tem menos garantia.

CENA 2: Em Patos de Minas, precisei fazer um depósito de R$450,00 no Bradesco (só podia ser no Bradesco), para pagar uma encomenda profissional de minha mulher, requisito para que o material lhe fosse enviado (só após a comprovação do depósito, também por e-mail, para agilizar). Sabendo que há uma loja (Le Sénéchal) próxima da agência do Bradesco, que opera recebimentos para o mesmo, dirigi-me até lá. Havia uma fila com mais de cinco pessoas, inexistindo aquela preferência para idosos, de forma explícita. Tinha de ser na cara dura mesmo, o que, em geral, provoca exclamações de descontentamento. Para evitar a situação, dirigi-me à agência. Uma atendente abordou-me, antes que tivesse podido penetrar na área de trabalho, e perguntou-me o que desejava. Falei do depósito. Indicou-me o caminho da Le Sénéchal. Objetei que tinha pressa e que preferia depositar na agência mesmo. Perguntou-me o valor do depósito. Informei: R$450,00. Disse-me que depósitos de valor menor do que R$500,00 devem ser feitos na Le Sénéchal. Insisti e disse, com firmeza, que queria fazer o depósito ali e expus minhas razões. A moça cedeu e fiz o depósito necessário ao envio do material de trabalho.
Ali, a terceirização implica as mesmas circunstâncias da terceirização na Caixa Econômica Federal: uma atendente da loja executa os procedimentos típicos de bancários - atividade fim. Provavelmente, terá salário inferior ao de quem executa a mesma atividade, na agência Bradesco.
Além de outras simulações e mesmo situações reais, concluo que o trabalhador terceirizado executa as mesmas atividades e ganha salário inferior.
Quanto a mim, consumidor, recebi serviço de qualidade inferior.
Pior: a discriminação, pela exigência de valor mínimo de depósito, o banco colocou-me em minha real situação de pobre!


Imagem: utopia.
http://www.utopiaconsultoria.com.br/terceirizacao-uma-alternativa-para-aumentar-a-eficiencia/


A CHAPA ESQUENTOU NA FIFA. SERÁ QUE NÃO É FATOR O EXCESSIVO PODER DA ENTIDADE?

Era de se esperar que houvesse linguiça debaixo do pirão, como dizia Sérgio Porto - o Stanislaw Ponte Preta. Jogos amistosos da seleção brasileira eram negociados por uma empresa, e não pela própria CBF. A tal de terceirização. Agora, aparece uma medida judicial de prisão de vários executivos do futebol internacional, incluindo um ex-presidente da CBF. De cambulhada, foi também o dono da Traffic Group, maior agência de marketing esportivo da América Latina, o qual, segundo a BBC - Brasil (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/05/150527_entenda_fifa_lab), "...confessou os crimes (será delação premiada? está solto nos EEUU; obs. do cadikim). A Traffic é dona de direitos de transmissão, patrocínio e promoção de eventos esportivos e jogadores, além de empresas de comunicação no Brasil".
Por que era de se esperar? Ora, quando a preparação de uma seleção brasileira para copa do mundo não inclui, na comissão técnica, as decisões sobre jogos preparatórios, mas uma empresa comercial, penso que algo não está funcionando como deveria.
E o que tem a ver o excessivo poder da entidade? É só buscar na copa de 2014, no Brasil, o quão diferente foi o tratamento para coisas que deveriam ser executadas conforme o princípio da soberania nacional, mas que a FIFA impôs de modo diferente. No mais, ainda no quente da chapa, a FIFA entendeu de banir do futebol o ex-presidente da CBF. Ou seja, pela ordem, está fora do futebol brasileiro. Longos os tentáculos da FIFA, não?

Foto (linguiça no caldo): pitaco na cozinha.
http://www.pitaconacozinha.com/2010_02_01_archive.html

Foto (polvo): Sabores no Ponto.
http://saboresnoponto.blogspot.com.br/2014/04/croquetes-de-polvo.html


26 de mai. de 2015

WHATSAPP - SOLUÇÃO OU PROBLEMA?

Whatsapp Status Messages 2015A abertura das comunicações gera soluções e problemas. Nos sistemas fechados ou quase, a possibilidade de invasão é muito menor do que nos abertos. No whatsapp, então... As parcerias vão se multiplicando, por causa de cada comunicação, que vai ampliando para outra, para outra... Pode resultar em satisfação ou insatisfação do usuário. Sem falar no número de questões indesejadas.
Há alguns dias, um médico contou-me que uma paciente passou-lhe uma mensagem, com uma foto em que eram mostradas lesões na perna, e pediu ao médico que indicasse uma solução.
Evidentemente, a paciente estava sendo inoportuna.

Imagem 1: IRootAndroids.
http://www.irootandroids.com/2015/01/top-100-whatsapp-status-messages.html

Imagem 2: AUTOBLOG.NL
http://www.autoblog.nl/nieuws/campagne-tegen-smartphone-achter-het-stuur-61738

24 de mai. de 2015

LIRA MARIANA PATENSE HOMENAGEIA O POVO DE PATOS DE MINAS NO 123º ANIVERSÁRIO DA CIDADE, E DESCENDENTES DE EX-INTEGRANTES DA BANDA, COM ALVORADA FESTIVA.

Praça Bandeirantes
Eram cinco e meia da madrugada de hoje, quando oito músicos da banda Lira Mariana Patense embarcaram em ônibus "pilotado" pelo Sr. Edson, veículo e condutor cedidos pela Viação Pássaro Branco. Junto com o professor Holmes Molinari, do Conservatório Municipal, Regente convidado pela Lira, o conjunto, no 123º aniversário da cidade, executou alvorada festiva, em homenagem ao povo patense e aos ancestrais da citada

Organização Musical. Formaram a pequena banda: Isis e Comini (flauta), Valdir e Edson
(trompete), Valfrido e José Ricardo (sax alto), Paulo (sax tenor), e Alexandre, também professor no Conservatório (percussão). Infelizmente, não puderam comparecer os irmãos percussionistas Carlos e Geraldo, antigos integrantes da Lira, os quais também haviam se preparado. O conjunto, que resultou do esforço e do grande interesse de alguns integrantes mais antigos, recebeu a adesão de novatos (nem tão novatos assim, excetuando a garota Isis), surgindo a
Antiga Rodoviária
possibilidade de apresentação pública singela, mas devotada. O início das atividades do grupo foi para diversão pessoal, já que eram apenas três ou quatro a ensaiar. O grupo é muito pequeno mas mostra que quer mesmo é tocar dobrados e outras composições para bandas marciais.

Os pontos selecionados para apresentações foram lugares em que residiram músicos antigos da Lira, já falecidos, e aonde seguem morando alguns de seus descendentes. Assim foi que a primeira apresentação
Mercado Municipal
aconteceu na Praça Bandeirantes; depois, Avenida Paranaíba, seguindo-se a Rodoviária antiga, o Mercado Municipal (esses dois foram locais de ensaio da banda antiga), proximidades da Igreja do Rosário (aonde mora Jonas, ex-integrante da banda antiga) e, finalmente, Praça D. Eduardo, junto ao Cruzeiro, remanescente da antiga Capela e
 Matriz de Santo Antônio,
Capela e Matriz de Santo Antônio
(foto colhida na mesma dissertação, link indicado)
aonde a Lira Patense ensaiava sob a direção de Frei Davi, oportunidade em que passou a chamar-se Lira Mariana Patense (informações sobre o local foram colhidas em Dissertação apresentada pela patense Cristina Caixeta Borges, na Universidade Federal de Viçosa, conforme está em 
http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/4/TDE-2008-09-09T075727Z-1346/Publico/texto%20completo.pdf).
Assim foi que, em um só passeio pela cidade,
Bairro do Rosário
tocando, em cada um dos lugares escolhidos, os dobrados "Pequenino" e "Treze Listras", de seu pequeno repertório, que a Lira Mariana Patense achou de homenagear o povo da cidade, fazendo apresentações em diversos locais abertos (algumas janelas abriram-se, festivas), e prestar culto a músicos que
"Aos pés da Santa Cruz", a Praça D. Eduardo,
local da antiga Capela e Matriz de Santo Antônio
participaram ativamente da vida da cidade, e que deram brilho à música marcial, quando ainda não havia por aqui um Batalhão de Polícia Militar, com Banda de Música.



Na frente, da esquerda para a direita:
Alexandre, Isis, Holmes Molinari, Valdir e Edson.
Atrás, mesma ordem: Valfrido, Comini, José Ricardo e Paulo

23 de mai. de 2015

ASSIM A SEGURANÇA PÚBLICA

Segurança PúblicaUm alvoroço, por causa das facadas nas margens da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Há uma preocupação generalizada com esse novo tipo de ação marginal. Já vejo, no facebook, referências de que Brasília também adotou a faca. Vai daí que todo mundo está dando pitaco. Como se a redução da maioridade penal fosse a grande mágica, alguns defendem a ideia.
Pelo pouco que sei, a coisa é bem diferente.
Ontem, assisti a um pronunciamento de um deputado federal. Dizia que há segurança nos shoppings porque ali há vigilantes e iluminação. De fato, um conceito antigo, em matéria de prevenção em segurança, continha dois princípios: policiamento ostensivo e iluminação. Mas o deputado falava em ações mais sérias: família, escola e um outro elemento de que não me lembro. O deputado só não falou quanto tempo gasta a solução.
Quanto aos fatores "policiamento ostensivo" e "iluminação", concordo com o deputado. Temos visto pouco e, quase sempre, com deficiência onde há. Exemplo: estava em um evento, com palco e música em local aberto. Uma aglomeração assistindo. Passei por um local aonde a iluminação era deficiente. Não me agradaram os tipos que vi ali, estranhando os comportamentos (nada de mau, só de estranho). Podem dizer que é preconceito meu. Concordo em parte. Meu motivo: as pessoas que procuram a escuridão costumam estar com intenções diferentes daquelas a que se refere o evento. Tanto pode ser um amasso na gatinha, como alguma ação má. Por via das dúvidas, evito esses lugares. Se o local estivesse iluminado com eficiência, provavelmente as atitudes das pessoas seriam diferente.
Quanto à família e à escola, também concordo com o deputado. Só que, a meu ver, demorará de entre quinze e vinte anos. Penso que se forem planejadas ações, todas elas perfeitas quanto à finalidade, todas elas executadas e bem executadas, o prazo de retorno à paz será mais ou menos o que suponho. Gostaria de pensar que pode ser diferente.
Por isto, quando qualquer político promete melhorar a segurança, penso sempre que estará de olho em dois mandatos e que só isto não será suficiente.


Imagem: SEGURANÇA MONITORAMENTO.
http://www.segurancamonitoramento.org/seguranca-publica-2/seguranca-publica/

22 de mai. de 2015

REVOADAS URBANAS II





Voltamos, hoje pela manhã, ao lugar de onde alçaram vôo, ontem, centenas de pássaros. São negros, como o "pass'o" preto, e alguém disse que são melros. O
certo é que a revoada é muito bonita.






O ritual é muito interessante. Começa com o bando pousado, quietinho, cada um em seu lugar. Alguns aventuram-se a trocar de lugar.





















Esses três aí de baixo acharam de experimentar um lugar melhor, uma posição mais favorável para decolar.























O esquadrilha já estava composta e, como que respondendo a um comando, a maior parte das aves decola.










A quase totalidade do bando alça vôo. Aqueles que estavam em posição privilegiada, sobre as luminárias, permanecem ali. Não se sabe se sentinelas ou controladores de vôo.





O bando contorna o ambiente, arrumando-se para a direção desejada - o Paiolão. Festa do Milho, aí vamos nós!






Retardatários, incluindo os que estavam sobre as luminárias, contornam a praça e seguem o bando.

21 de mai. de 2015

REVOADAS URBANAS

Prontos para decolagem.
Dias atrás, no final de março passado, olhando pela janela da nossa área de serviço, vi um grande bando de pássaros escuros, seguindo (não sabia de onde) para os lados do Paiolão (lugar aonde acontece a Festa Nacional do Milho). Foram três ou quatro bandos grandes consecutivos. Depois, foram minguando, com retardatários. Sem saber a origem, e entendendo bulhufas de pássaros, fui, pelo in box do facebook, pedir orientação a meu amigo Laércio Madureira, afeiçoado à natureza. Disse-lhe da minha
Autorização para decolagem dada.
ignorância, sugerindo que poderiam estar fazendo reconhecimento do Paiolão, para ver se estava tudo em ordem. Desisti da ideia, porque, provavelmente, não tinham sido avisados de que a festa só iria começar no início de junho. Sugeri, então, que poderiam estar servindo a uma agência publicitária qualquer, para chamar a atenção
Decolando.
para a Fenamilho 2015: "siga os pássaros e seja feliz na Fenamilho!". Apelei para que meu amigo, afeito às coisas bonitas da natureza, procurasse informar-se, para informar-me, melhorar meu nível. Sugeri que observasse o céu, no dia seguinte cedo (entre seis e seis e meia, mais ou menos), sabendo que o Madureira poderia capturar ótimas imagens.

Laércio respondeu-me que achava criativa a referência à FENAMILHO, disse ter gostado da dica. Acrescentou que mora lá pros lados da Avenida Padre Almir, esquina com Barão do Rio Branco, onde só miquinhos e periquitos dão as caras.
No dia seguinte - de primeiro de abril só a data - ainda pela mesma mídia, fui dizer ao Laércio que na manhã do dia
Sobrevôo para orientação.
anterior, por volta das seis e meia, passara pela Praça Antônio Dias, de carro (necessária explicação de que não estava voltando para casa), quando vi uma revoada saindo das árvores dali. Não tinha como parar e não sabia se era o último bando. Disse-lhe ter achado coisa inusitada em Patos de Minas, pelo menos na área urbana.

Pois não é que na última terça feira, acompanhando minha mulher ao trabalho, passei pela mesma praça, na volta, e vi um bando dos tais pássaros alçando vôo, em um conjunto muito bem organizado? Seguiram-se mais dois bandos, sempre dirigindo-se para o
Rumo ao objetivo.
mesmo lugar.

Ontem, resolvemos, minha mulher e eu, voltar à Praça Antônio Dias. Paramos e descemos do carro. Pudemos observar muitos pássaros pretos pousados em coqueiros. Ficamos esperando. Péssimo fotógrafo, permaneci um tempo com a câmera voltada para um dos coqueiros. Por conta da imperícia, perdi um pequeno bando de maritacas. Observei que os pássaros estavam em posição de decolar, nos galhos periféricos dos coqueiros.  Foi possível
Decolagem dos retardatários.
capturar algumas cenas, já que os pássaros logo levantaram vôo e dirigiram-se para os lados do Paiolão.

As fotos falam melhor do espetáculo, que pretendo continuar acompanhando.