30 de out. de 2014

SÃO FIDÉLIS - MEU PRESENTE


Minhas filhas Fifi e Nanete
fazendo pose no portal.
Caiu no meu colo, por acaso. Passeando pelo facebook, deparei com uma postagem de minha filha Nanete, indicando um Festival de Poesia Falada, em São Fidélis, cidade interiorana do Estado do Rio de Janeiro (fazia parte do regulamento a obrigação de declamar as poesias classificadas, sob pena de desclassificação). Nanete disse-me, depois, que não direcionara a postagem; que a recebera, achara muito bonita a imagem, compartilhara geral. Veio de graça para mim. Nunca ouvira falar de São Fidélis mas, à primeira leitura na página eletrônica, fiquei sabendo que é cognominada "Cidade Poema". Pensando no prazer que tivera em conhecer Conservatória - distrito de Valença, também no interior fluminense - de que ficara sabendo através de uma chamada pela televisão - no qual o tema é música, serenata nas noites de sexta e sábado, muita cantoria na rua... - imaginei que uma Cidade Poema poderia proporcionar-me o mesmo prazer. Li o Regulamento e fiz minha inscrição, com três poemas. Dois foram classificados para a semifinal e comecei a planejar. Eram cerca de mil quilômetros de distância a vencer. Falei com a Nanete que havia sido classificado. Respondeu-me, imediatamente, que iria comigo. Fifi, a primogênica (bacaninha para não falar em mais velha, não é?), aderiu também na hora: iria também. A Raïssa - a mais nova, morando em Brasília - não iria poder acompanhar. Tinha compromisso em Brasília. Lamentando, claro, porque também adora as diversas manifestações culturais e porque as três juntas divertem-se a valer. Minha mulher - Ana Maria - também não poderia ir, agarrada ao trabalho, em Patos de Minas. Plano de viagem: eu iria para Passa Quatro, Sul de Minas, onde moram as filhas que iriam acompanhar-me. De lá, o Beto - genro - levaria a gente, de carro, para o Rio de Janeiro, onde ficaria, enquanto os três tomaríamos um ônibus para São Fidélis.
Muita preparação, reserva de passagens e de hotel; dramatizar os poemas já decorados; obter a colaboração dos músicos Ivan Vilela (viola) e Anísio Dias (violão), cada um gravando uma música para fundo musical (o agradecimento a ambos, pela generosidade, é repetido aqui). Preparava-me para participar de um Festival de Poesia Falada. Só e só. Pois sim!
Descemos na Rodoviária de São Fidélis e demos de cara com uma praça, com um portal anunciando um evento cultural muito mais amplo: uma Semana Cultural. Adiante,
Crianças na Feira de Livros.
ocupando toda a praça, uma Feira de Livros. Não havia como deixar de admirar o que estávamos vendo.

Procurando inteirar-nos dos caminhos, fomos alvo da atenção e da gentileza de quantas pessoas a quem recorremos. O hotel reservado era o "São José", pertinho da praça. Ali, logo que falamos com a atendente, aprendemos que não se tratava apenas de um Festival de Poesia Falada. Era uma semana inteira - a Semana Cultural. Contou-nos a atendente que um garoto, com doze anos - Pedro Muryllo - vencera o I Festival Estudantil de Poesia Falada, primeiro lugar como poeta e como intérprete. Dois notebooks como prêmios! Muito mais do que esperávamos encontrar lá.
Foram realizados mais: o I Festival de Poesia Falada de Poetas Fidelenses (prêmios com valor total de R$10.000,00); o I Festival de Poesia Falada da Terceira Idade (premiação total: duas TVs led 32 polegadas; um micro-system, duas câmeras digitais); e o VI Festival de Poesia Falada de São Fidélis
Vista parcial da plateia.
(premiação com valor total de R$20.000,00 em dinheiro). Um exagero? Nada disto! O pacote era muito maior, tudo com grande incentivo da Prefeitura Municipal: uma verba de R$30,00 para cada aluno da rede municipal de ensino e de R$100,00 para cada professor e membro da equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação, em "vales-livros", para compras na Feira de
Fifi e Nanete fazendo pose para
o cartaz da Feira de Livros.
Livros que se instalou na cidade, durante a Semana Cultural. Quer mais? A organização foi primorosa, com a equipe da Secretaria de Cultura atendendo com presteza e atenção todas as demandas que fizemos. Mais? A Comunidade envolveu-se. Só para exemplificar: minhas filhas e eu saímos à procura de uma padaria, para um lanche, com café de coador e aquele pãozinho da tarde. Minhas filhas, à frente, foram atendidas por uma senhora, que lhes perguntou se estavam na cidade por causa do Festival de Poesia. Responderam que sim. A senhora disse que, na véspera (dia da semifinal), o filho dela chegara em casa, após as apresentações, comentando que "um velhinho" declamara uma poesia que fizera muito sucesso. Imaginem o "velhinho". O pai delas, ora! Deu para ver o interesse geral que a promoção despertou.

Oficina de Musicalização para crianças.
Assistimos a uma oficina emocionante: músicos despertando o interesse de crianças com em torno de seis a sete anos pela música estudada. Disseram estar elaborando estudos sobre um método de musicalização para bebês com seis meses. Espetáculo!
No churrasco organizado para participantes do Festival, fomos acolhidos com muita atenção e carinho, por pessoas da terra.
Muitas atividades paralelas foram realizadas, envolvendo grande número de pessoas. Não há como falar de tudo. Indicamos, ao final, um link que levará os interessados a flashes desses eventos.
O "Chefe Geral" - o Secretário de Cultura
Ronaldo Barcelos - Secretário de Cultura
Mestre de Cerimônia
Ronaldo Barcelos já havia acolhido, com paciência e solicitude, todas as chatices de um candidato que procurava informações detalhadas, sobre o que poderia ser feito e o que não, no Festival. Durante a execução, foi um Mestre de Cerimônia muito bacana! No pacote de agradecimento, Vinícius, que se encarregou de passar-me o link de uma apresentação que fiz, assinalado ao final.
A cerimônia de premiação, presidida pelo
O Prefeito Municipal Luiz Fratani Feneme, com
João Geraldo Martins Evangelista, 1º lugar com
a poesia "E assim por diante" e Menção Honrosa
como intérprete da poesia "Pá-Lavra", e
Marco Antônio Comini Christófaro, 3º lugar como
autor da poesia "Eu canto uns verso procê",
e 1º lugar como intérprete da mesma.
Prefeito Municipal Luiz Fratani Feneme, foi aplaudida com entusiasmo e alegria. A cidade concluía o ciclo maravilhoso da Semana Cultural.

Finalizando: por que "MEU PRESENTE"?
Simplesmente, pelo encantamento que se apossou de nós, em ambiente de muita harmonia e gentilezas; muita manifestação cultural, tudo bem organizado, uma aura de cultura e fantasia em uma cidade extremamente simpática e acolhedora.
Saí de lá premiado: dois troféus - terceiro melhor poema e melhor interpretação. De quebra, R$8.000,00 reais em dinheiro.
Os mesmos premiados e integrantes da
Comissão Julgadora
No entanto, meu verdadeiro prêmio foi conhecer São Fidélis, participar de um espetáculo de culto à cultura, com investimento municipal financeiro significativo e amplo, atingindo e estimulando toda a rede municipal de educação, crianças, jovens, adultos e, no âmbito da terceira idade, este "velhinho" de "Eu canto uns verso procê".
Marco Comini, interpretando
"Eu Canto Uns Verso Procê".
Completo, hoje, 75 anos de idade. Fiz o balanço do meu septuagésimo quinto ano de vida. Fora meus relacionamentos pessoais, muito gratificantes, São Fidéliz foi meu maior presente, no período. Uma cidade que fui conhecer por acaso, simplesmente por relacioná-la, por seu epíteto - Cidade Poema - com um outro centro de cultura - Conservatória. E que incluí na minha agenda anual: no próximo ano, se Deus quiser, irei a São Fidélis, independentemente de eventual classificação de qualquer obra que vier a inscrever. Irei passear no Mundo de Fantasia!

Notas:

1. Em outra página, o cadikim publicará todos os resultados de todos os Festivais de Poesia Falada, comentados aqui.

2. Meu genro Beto, quando soube do valor do prêmio que me tocara, não deixou por menos: "R$8.000,00 por uma poesiazinha? No ano que vem vou escrever uma e vou concorrer também!". Um pândego! Maior mala sem alça! 


Para assistir a flashes de apresentações durante a Semana Cultural:

https://www.facebook.com/SaoFidelis?fref=ts


Para assistir ao vídeo da interpretação classificada em primeiro lugar - Eu canto uns verso procê:

25 de out. de 2014

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - CAMELÔ



"Aconselho, então, a muito deputado
que ganha calado,
escutar o camelô com atenção.
O distinto aprenderá a falar de fato
e, ao terminar o mandato,
já tem uma profissão:
camelô!"


Billy Blanco



Billy Blanco, em "Camelô".









Para ouvir com o autor:
http://letras.mus.br/billy-blanco/1768074/


Foto: rádio batuta.

https://radiobatuta.com.br/programa/billy-blanco/

16 de out. de 2014

O GALO MINEIRO ARRASOU!

Penso que o Atlético Mineiro fez, ontem, contra o Corinthians, um jogo melhor do que qualquer outro disputado para ser campeão da Libertadores.
Um site "Flamengo até morrer"
publicou foto do Guilherme, do Galo.
Penso que a saída de Ronaldinho
Gaúcho fez bem ao Guilherme.
Precisava de dois gols, para levar aos pênaltes. Levou um logo de cara e ficou diante de uma única alternativa para prosseguir na competição: vencer por 4 x 1. Primeiro foi o Luan fazendo um gol de topete; em seguida, o Guilherme deu um pouco de sorte no desvio do zagueiro, deixando goleiro sem mãe na
em pai; em seguida, um gol muito consciente do Guilherme (para mim, o nome do jogo, pelos resultados de suas jogadas, embora Tardelli tivesse jogado muito bem. Por fim, Edcarlos fez o quarto gol. Como ninguém vence por quarto gol a um, todos os gols foram importantes na classificação. Impressionou-me muito a defesa e o meio campo, saindo com calma, muita técnica e controle. Um partidaço fez o Atlético! Se tiver oportunidade, vou ver o tape.

Foto: FLAMENGO ATÉ MORRER.
http://flamengoatemorrer10.blogspot.com.br/2013/10/guilherme-volta-treinar-mas-esta-fora.html

15 de out. de 2014

PELOS QUATRO GOLS JÁ MERECE O "GÊNIO"? VAI COMEÇAR TUDO DE NOVO.

Sempre achei que Neymar é craque. Quando apareceu com furor, observei que, apesar de magrelo, já era forte, tinha muita velocidade, coragem e habilidades raras. Com o passar do tempo, veio mostrando mais: chutes com os dois pés, cobranças de faltas primorosas e dribles espetaculares seguidos de gol (um contra o Flamengo foi o que mais me encantou). Nunca o achei fominha. Vi muitos gols preparados por ele. Fama de "cai-cai"? Mas como apanha, sô! Muitas vezes sem que o juiz sequer marque falta.
Mas não vi só encantamento. Não se deu bem nas olimpíadas e ficou pregado no chão no jogo decisivo do mundial entre clubes, contra o Barcelona. Na copa 2014, antes de ser barbaramente posto fora de combate, não se portou com brilho.
Tenho achado que a mídia coloca Neymar nas alturas, por motivos publicitários. Sempre pensei que era pressão de mais para um jovem, que nunca teve a seu lado - como Pelé teve - jogadores de maior expressão do que ele. Lembre-se: na seleção de 58, Pelé tinha companheiros de grande prestígio: Bellini, Nilton Santos, Zito, Didi, Garrincha... No Santos não foi diferente. Um time de craques, antes que ele tivesse chegado (Pagão, Pepe, Del Vecchio...). Pelé tornou-se referência, já naquela copa. Mas Neymar já surgiu como referência, seja no Santos, seja na seleção. Pode ter sido muito peso para o jovem.
Agora, com quatro gols contra o Japão, recomeça o estardalhaço: já ocupa o oitavo lugar entre os maiores goleadores; é gênio.
Ninguém fez a metade desse barulho com os dois gols de Tardeli contra a Argentina. Não foi contra um Japão desfalcado - que não figura entre as grandes seleções.
Não estou querendo "desconstruir" (moda) Neymar. Mesmo porque não tem jeito. A tendência é melhorar. Mas penso que as pressões podem interferir e até retardar.
Acabo de ouvir de um comentarista, no Redação Sportv, que Neymar é muito bom, sim, mas está devendo, porque ainda não marcou um gol decisivo contra uma grande equipe internacional.
Melhor deixar de oba-oba e esperar que tenha com ele uma seleção equilibrada e competente, para seguir melhorando, até atingir a plena maturidade futebolística.

Imagem: Essa Vale a Pena Ver!!!

..."O MENOS PIOR". MEU DEUS!

Por esta eu realmente não esperava, apesar de todos os "bate-bocas" que a mídia chama debate. Hoje, pela manhã, o âncora do SBT exortava os cidadãos ao comparecimento à urna com voto. E disse:
Você não gosta de nenhum. Então, "vote no menos pior. Mas vote."
Estamos, realmente, às voltas com incertezas quanto aos propósitos dos candidatos. Mas escolher o "menos pior" acho coisa de sexto mundo.

14 de out. de 2014

LEI DA RELATIVIDADE NO TRÂNSITO CAÓTICO

Congestionamento em BHNão sei o que é. Nem conheço o enunciado. Mas observo algumas coisas que só podem ser creditadas à relatividade.
Hoje, pela manhã, no indefectível noticiário matinal, que nos dá as más notícias - ebola, crimes, assaltos, sequestros, corrupção policial e quejandos - ouço falar de congestionamento no trânsito, não me lembro se no Rio ou em São Paulo ou BH (tanto faz!).
Pois não é que, naquele horário, dizia o repórter, o congestionamento era de apenas oito quilômetros?

Foto: mobilize - Mobilidade Urbana Sustentável.
https://www.mobilize.org.br/noticias/4142/transito-e-transporte-sao-os-maiores-problemas-de-bh-segundo-pesquisa.html

12 de out. de 2014

PUBLICITÁRIOS GOSTAM DE QUEBRAR PARADIGMAS. MAS NÃO PRECISAVA EXAGERAR, VESTINDO MEMBROS DA COMISSÃO TÉCNICA DA SELEÇÃO BRASILEIRA E JOGADORES RESERVAS COM VESTIMENTA DE COR AZUL-CELESTE, COM A MARCA DE PATROCINADOR, NO JOGO CONTRA A ARGENTINA

Um dos paradigmas reinantes no futebol brasileiro é a rivalidade fervorosa entre nós e os argentinos.
Brasil campeão Superclassico, Brasil x Argentina (Foto: Heuler Andrey / Mowa Press)
Os reservas já se compuseram: tiraram a tal jaqueta
azul-celeste. Mas os membros da comissão técnica...
Pois não é que, ontem, no jogo Brasil x Argentina, membros da comissão técnica da seleção brasileira ostentavam belas camisetas de cor azul-celeste, semelhante à cor da bandeira e dos uniformes argentinos, com a marca de um patrocinador. Já os jogadores reservas vestiam, por sobre o tal "manto verde-amarelo" um jaleco com a mesma cor azul-celeste (sem a marca do patrocinador).
Gente! O que a publicidade faz! Cor da bandeira da Argentina sobre uniformes da seleção brasileira, em jogo contra a própria Argentina!
Dunga, Superclassico, Brasil x Argentina (Foto: Heuler Andrey / Mowa Press)Não sei se Dunga não quis aderir, ou se o uso de terno é protocolar. Mas um dos lados do crachá do treinador mostra duas cores: o ouro da bandeira do Brasil e um azul-celeste que - parece-me - tem algo a ver com a bandeira da Argentina.
Provavelmente, alguém estará querendo "pacificar" as relações de nossos torcedores com os hermanos.

Fotos: Eu comento esportes.
http://eucomentoesportes.blogspot.com.br/2014/10/dunga-festeja-vitoria-e-pede-que.html