14 de abr. de 2019

A "NOVA" PREVIDÊNCIA: A PEÇA DE MARKETING É SINCERA?

Definitivamente, não estou entre aqueles que se acham obrigados a fazer oposição sistemática e, às vezes, até desmotivada e ilógica ao governo. Nem sou daqueles que, não concordando com o mesmo governo, "é porque não amam o Brasil". Em verdade em verdade vos digo: aos quase oitenta anos de idade, ainda não sei bem quem é que ama o Brasil. Nem nunca estive enquadrado naquela "exortação": "Brasil - Ame-o ou Deixe-o" (início da década de 1970, quando deixá-lo era quase impossível; hoje, muitos estão deixando, Portugal que o diga).
Por que, então, estou implicando com a "nova" Previdência?
Primeiro que tudo, porque, como em toda peça publicitária, é preciso colocar alguém sorrindo, esbanjando felicidade. A Previdência que estamos esperando por aí não é de fazer ninguém sorrir (os próprios mentores dessa "Nova Previdência" dizem que a mesma incorpora "medidas duras".
Segundo porque implico com tudo que alguém faz questão de mostrar que é "novo". Começa, muitas vezes, por reles botecos em que um cara que o comprou bota uma faixa "SOB NOVA ADMINISTRAÇÃO". Vai daí que me reporto a muita coisa que rolou na minha vida: "Estado Novo", "Nova República", "Nova Administração Pública", "Cruzeiro Novo", "Cruzado Novo"... Deu no que está aí, que muitos - no governo inclusive - acham que é o caos. Tudo fracassado.
Daí não concordar, nem um tiquim, com a propaganda de uma "Nova Previdência". Que tal poupá-la, arranjando-lhe um novo nome verdadeiro?
"Previdência Real", por exemplo? Esse deu certo.

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