12 de jun. de 2025

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES . TEMA: AMOR VERDADEIRO.



"Se quiser se distrair, ligue a televisão.

Amor, comigo não!

Antônio Candeia Filho e Martinho da Vila em "Amor não é brinquedo".


Candeia, em cadeira de roda, junto com Martinho da Vila, no pandeiro, é chamado mestre do samba (Fotos: acervo Lenin Novaes)

Para ouvir com Candeia: YouTube.

Para ouvir com Martinho da Vila: YouTube.

13 de mai. de 2025

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES GRAVAÇÃO DE BEZERRA DA SILVA


 Para tirar meu Brasil dessa baderna

só quando o morcego doar sangue

e o saci cruzar as pernas.


Rosemberg da Cruz Silva

                                     e

Cosme Francisco Diniz

em "Quando o Morcego Doar Sangue".


Para ouvir com Bezerra da Silva: YouTube.

https://www.youtube.com/watch?v=mdoy_jU2aGY&ab_channel=FabianoVasconcelos



Foto: 


Nota: Vale a pena visitar no YouTube página dos "Compositores de Bezerra da Silva".


12 de mai. de 2025

RUMO AO HEXA! ANCELOTTI É A SALVAÇÃO!

 É só assim que posso interpretar a primeira exclamação, do presidente da CBF, ao anunciar que Ancelotti será o técnico da seleção brasileira.

Nada contra. Nem a favor. Como os mais de duzentos milhões de brasileiros são especialistas em futebol, também pretendo dar meus pitacos.

O portfólio de Ancelotti na direção de times pelo mundo é realmente admirável. Não vi referência a que tenha treinado uma seleção qualquer.

Cadikim publicou, em 13 de julho de 2025, que "Futebol brasileiro não é o melhor do mundo há muito tempo, nem é mais o melhor da América. Nem da América do Sul." Está em https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2024/07/futebol-brasileiro-nao-e-o-melhor-do.html.

Será que a chegada de Ancelotti será suficiente para conseguir que os jogadores da seleção brasileira joguem mais do que têm jogado, ou, pelo menos, conseguir resultados melhores do que têm conseguido?

Como sempre, pagaremos para ver.
Atrevo-me a fazer uma ponderação: seleção brasileira não é time rico da Europa. E o argumento não é a riqueza. Nos times ricos da Europa, é possível pinçar um grande jogador aqui, outro ali, outro acolá, em qualquer parte do mundo. Na seleção, só brasileiros. Dinheiro nenhum poderá comprar jogadores (será que alguém estará pensando em naturalização de grandes craques estranjeiros?).
Não há incidência de sucesso de grandes treinadores com jogadores que não correspondem, pelo menos jogando na seleção brasileira, à fama que têm de atuações espetaculares nos times em que jogam, na Europa. Jorge de Jesus fez sucesso no Flamengo? Veja-se os jogadores que tinha em mãos, acima da média dos que atuam no brasileirão. Abel Ferreira faz um ótimo trabalho no Palmeiras? Veja-se que dispõe também de jogadores acima da média dos que disputam o brasileirão.
Sei não, sabe? A pergunta que me faço é se o Ancelotti irá conseguir fazer os jogadores da seleção jogarem. Se conseguir, poderemos concluir que nosso problema é mesmo de técnico. Teremos de enfrentar um outro, nesta hipótese: por que os jogadores da seleção não conseguem produzir o melhor, com um treinador brasileiro? Incapacidade do treinador ou dos jogadores?
Muitas perguntas para fazer, então!
Ainda não é momento de obaoba!

Imagem: 
Edição em 13/05/2025:
Pessimismo ou  "malandro prevenido dorme de botina", de Stanislaw Ponte Preta: "No Embalo da Esperança", postado em 31/12/2013:



23 de abr. de 2025

23 DE ABRIL DE 2025, DIA NACIONAL DO CHORO - HOMENAGEM A SEBASTIÃO VIANNA

Dia 23 de abril (dia do nascimento de Pixinguinha) foi instituído como Dia Nacional do Choro e como tal tem sido comemorado anualmente por pessoas e entidades afeiçoadas ao Choro, esse gênero musical genuinamente brasileiro.

O choro foi criado a partir da mistura de elementos das danças de salão europeias e da música popular portuguesa, com influências da música africana. Surgiu no Rio de Janeiro, por volta do final do século XIX (WikipédiA). Informações mais amplas sobre esse surgimento serão encontradas em "Choro, gênero musical", "Joaquim Antônio Callado", considerado o Pai dos Chorões e "Chiquinha Gonzaga", precursores. De lá para cá, é enorme o número de compositores e executores do choro: Pixinguinha - considerado o Pai do Choro pela enorme contribuição, como compositor, solista e arranjador. Engrossam as fileiras - citando só alguns - Benedito Lacerda, parceiro de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Valdir Azevedo, K-Ximbinho, Abel Ferreira, Ernesto Nazareth, Zequinha de Abreu, Severino Araújo, Antônio Carlos Jobim... uma infinidade.

Criado como gênero essencialmente instrumental, cresceu com várias fisionomias e admitiu letras e interpretações vocais, realçando os poetas Vinnícius de Morais, João de Barro, Tom Jobim... e as cantoras Ademilde Fonseca (Rainha do Choro) e Lígia Jacques (tem muito mais gente, viu?).

A homenagem a Sebastião Vianna fica por conta de sua atuação não só como instrumentista (flauta, piano, acordeon) mas como reconhecido pedagogo, formador de muitos músicos. Foi Regente da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais. Nessa condição, Mestre Geral de todas as Bandas de Música da Polícia Militar de Minas Gerais, espalhadas pelo território mineiro. Criador de Escola de Formação Musical da PMMG, na qual jovens com entre treze e dezesseis anos de idade eram matriculados e incluídos na Corporação, recebendo vencimentos correspondentes aos de Soldado, para aprendizagem de música. Essa Escola forneceu músicos para a Orquestra Sinfônica da PMMG e para as diversas Bandas de Música. Frequentei a Escola e, depois de formado, afastei-me para formação na atividade da Corporação, na qual permaneci por trinta anos. Dentre os professores e músicos, convivi com instrumentistas de alto nível. Dos colegas, vários ganharam espaços na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, na Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro e, mais tarde, em Universidades de Música, como UFRJ e UNICAMP.

Quando conheci Sebastião Vianna, era Capitão Maestro da Orquestra Sinfônica da PMMG. Transferiu-se para a Reserva como Tenente Coronel.

Há algum tempo, assistindo a apresentações de flautistas no YouTube, deparei com o nome de Sebastião Vianna na capa de um CD. Fui pesquisar. Com 92 anos de idade, gravara com sua flauta, som firma e limpo, composições do "Pai dos Chorões", Joaquim Antônio Callado.

Minha homenagem tem motivo.

Colo, abaixo, manifestações feitas sobre a vida profissional de Sebastião Vianna, incluindo uma Tese de Mestrado por Fernando Pacífico Homem, Universidade Federal da Bahia - Escola de Música: "As Influências do Maestro Sebastião Vianna no Cenário Musical Erudito de Belo Horizonte".


Ouça a polca "Zinha", de Pattapio Silva, na flauta de Sebastião Vianna:

https://www.youtube.com/watch?v=4rV0FRSBxFM&ab_channel=Sebasti%C3%A3oVianna-Topic


As Influências do Maestro Sebastião Vianna no Cenário Musical Erudito de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa:2013
Autor(a) principal:Homem, Fernando Pacífico
Orientador(a):Robatto, Lucas
Banca de defesa:Castro, Beatriz Duarte Pereira de Magalhães,Ribeiro, Artur Andrés,Robatto, Lucas,Shwebel, Heinz Karl Novaes,Brandão, José Maurício Valle
Tipo de documento:Tese
Tipo de acesso:Acesso aberto
Idioma:por
Instituição de defesa:Universidade Federal da Bahia - Escola de Música
Programa de Pós-Graduação:Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal da Bahia
Departamento:Não Informado pela instituição
País:brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso:http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27815
    

Resumo:Sebastião Vianna foi músico, regente, administrador e pedagogo com expressiva atuação em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Reconstituindo a trajetória deste personagem que transitou através do tempo por várias áreas e gerações musicais, realizamos um levantamento histórico das origens e tradições musicais de Belo Horizonte. Para aferir suas influencias no cenário musical da cidade foram estudadas também as principais escolas, teatros, orquestras e instituições ligadas à música. Foram estudadas com maior profundidade a Escola de Formação Musical da Polícia Militar de Belo Horizonte e a Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, instituições onde Sebastião Vianna dedicou maior parte de sua vida. Este estudo se justifica pela relevância da atuação de Sebastião Vianna na formação de profissionais que atuaram ou vem atuando na capital mineira e várias cidades brasileiras, além das ações por ele desenvolvidas pela evolução do cenário musical desta cidade.

https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFBA-2_f63c5d0ee4a5afb9ec0241cc1e8ba197

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Sebastião Vianna, músico e ex-professor da UFMG, falece aos 93 anos

segunda-feira, 20 de abril de 2009, às 10h31

Na madrugada do dia 18 de abril, o músico Sebastião Vianna faleceu aos 93 anos, após sofrer uma parada cardíaca em sua residência, em Belo Horizonte. Ele foi professor da Escola de Música da UFMG e, entre 1970 e 1975, foi também diretor da escola. Sua gestão foi marcada pela fundação, em 1972, da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG, que é hoje uma referência para o cenário cultural de Belo Horizonte e de Minas Gerais.

Sebastião Vianna era maestro, pianista, flautista e acordeonista. Durante muitos anos, ele trabalhou como assistente e revisor das obras do compositor Heitor Villa-Lobos. Foi também ex-regente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e mestre geral de todas as bandas da Polícia Militar de Minas Gerais. Sebastião Vianna interpreta Joaquim Callado é o nome de sua última obra, lançada no ano passado. Entre seus colegas de trabalho, além de Villa-Lobos, estavam músicos famosos como Cláudio Santoro, Lourenço Fernandes e Camargo Guarnieri.

O maestro deixou quatro filhos, dos quais três são hoje músicos reconhecidos: Rosane, Andersen e Marcus Vianna. O sepultamento ocorreu ainda no dia 18 de abril, às 17h, no Parque da Colina.

https://www.ufmg.br/online/arquivos/011678.shtml

18 de abr. de 2025

SILÊNCIO!

 

Alguém sempre será capaz de fazer um barulho mais barulhento do que o seu: compra uma vuvuzela, abre o escapamento da moto, escandaliza com o som automotivo...

Mas se você fizer silêncio, ninguém conseguirá fazer um silêncio mais silencioso do que o seu.



Imagem: Quinta São José dos Montes.

https://quintasaojosedosmontes.com/events/retiro-meditacao-e-silencio-gratuito-2023-tomar/



26 de mar. de 2025

GOSTO MUITO DE MIM!

Consegui! O feicibuque deixou!

Não é que consegui ser amigo de mim mesmo?

Em 2023, publiquei: "MARAVILHAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: NÃO ME CONHEÇO" (https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2023/10/maravilhas-da-inteligencia-artificial.html). É que, tendo perdido a minha página, criei outra e lá me encontrei entre as "pessoas que você talvez conheça". Tentei adicionar-me a mim mesmo e recebi como resposta: "Talvez você não conheça essa pessoa. ...". Para detalhes e provas é só seguir o link.

Pois bom! Há algum tempo, encontrei no "meu" feice uma proposta de amizade, por mim mesmo. É claro que aceitei. Mas não vi resultado.

Acabei ficando com duas páginas e amigos mal distribuídos, culpa minha.

Aleluia! Indagorinha, passando pelas páginas, encontro que, em uma delas, fui aceito como meu amigo. Achei ótimo! Como disse antes, com a amizade e a orientação dele, quem sabe eu pare de fazer besteiras?

Mato a cobra e mostro o pau:



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13 de mar. de 2025

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES, PENSANDO EM ESPERANÇAS DESVANECIDAS.

 

"Os velhos de Brasília

não podem ser eternos!

Pior que foi

Pior que está

Não vai ficar..."


Nilson Chaves, em "Não Vou Sair".


Não achei foto autorizada. Eventual interesse pode se visto em pesquisa google imagens, Nilson Chaves compositor.

Para ouvir com o autor

YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=S1bNywKwTL8&ab_channel=NilsonChaves-Topic


Pois bom: A composição foi gravada em 1989 (Wikipédia). Cadikim postou a frase acima, em 2012, primeiro ano deste blog (https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2012/06/os-velhos-de-brasilia-nao-podem-ser.html). Transcreveu a letra completa, em que o autor se recusa a deixar o Brasil alimentando esperanças. Cerca de cinco anos depois, cadikim postou escrito de Millôr Fernantes, produzido em 1983, intitulado "Como é, nega, esse futuro sai ou não sai?" (https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2017/12/millor-em-pedacinhos-como-e-nega-esse.html), com transcrição integral. No texto, Millôr pergunta: "Que fim levou o 1950, futuro de 1940, e 1960, futuro de 1950, e como será 2000, o futuro dos futuros, isto é, de todos os passados? Talvez esse não chegue mesmo jamais, não apenas no sentido filosófico mas também no material."

O blogueiro, 85 anos, passou por vários "salvadores da pátria" desde lá até aqui. Salvaram? Estão salvando?


20 de jan. de 2025

MENDIGO DE UM REAL (OU: ME DÁ UM REAL AÍ!)

 Conheci-o correndo nos intervalos de carros parados no semáforo, pedindo, sem parar: me dá um real aí!... me dá um real aí... Movimentava-se para lá e para cá, não se detendo para esperar a entrega de um óbulo. Não dava muito tempo para o doador entregar. Corria frenético: me dá um real aí... me dá um real aí... Algumas vezes, caminhando ele em minha direção, estendia-lhe algum dinheiro. Apanhava-o rapidamente com um "obrigado" e seguia na sua incessante busca por um real.

Tinha toda a aparência de um dependente de drogas. Não incomodava ninguém, apenas pedia um real, sem se importar se não viesse a moeda.

Às vezes, era visto dormindo em uma esquina. Muito magro, nunca o vimos se alimentando.

Um dia de inverno, minha mulher disse-lhe que iria dar-lhe um cobertor. Respondeu que não queria. Ela insistiu, dizendo que tinha o cobertor e que estava muito frio. Repetiu: não quero! E seguiu na sua corrida desenfreada: me dá um real aí... me dá um real aí...

De repente, sumiu na poeira. Não o víamos mais no lugar onde costumava dormir, nem nos intervalos dos carros parados no semáforo. Chegamos a nos perguntar e a outros: será que morreu? Afinal, seu estado parecia-nos lamentável.

Pois não é que, um dia, pela manhã, passando pela calçada da praça Antônio Dias, ouvi "me dá um real aí!". Olhei para o lado da voz. Estava ele lá, magro como sempre o vi, mas com aspecto físico bem diferente, bem disposto e sem os sinais característicos de dependente de drogas. Conversei com ele rapidamente, disse-lhe do meu agrado de vê-lo em situação melhor.

Algum tempo depois, voltei a vê-lo com a fisionomia anterior, não tanto grave, como antigamente. Desapareceu de novo.

Há poucos dias, andando pela Major Gote, ouvi "me dá um real aí!" Lá estava ele, sentado, encostado na parede de uma loja, com seu melhor aspecto, repetindo seu bordão: me dá um real aí!... me dá um real aí!... Conversei um pouco com ele, repetindo meu gosto por vê-lo melhor. Perguntei onde estava. Disse que em Goiânia. O que foi fazer lá? Sou de lá. Minha família mora lá e briga muito comigo. Observei que não deveria ser muito difícil para a família brigar com ele. Sorriu. Desejei-lhe felicidade, metendo-me a conselheiro: depende só de você! Recebi um "vai com Deus" e, saindo, pude ouvir o bordão:

Me dá um real aí... me dá um real aí...