26 de jan. de 2020

INDISCIPLINA NA COPA SÃO PAULO: O CASTIGO ANDOU A CAVALO

Cadikim tem dedicado várias postagens à questão da disciplina no futebol. Em 2014 (https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2014/09/por-que-e-proibido-tirar-camisa-por-que.html), a que acusa maior número de acessos, e em 2016 (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2016/11/comemorar-gol-tirando-camisa-poderia.htm), por exemplo. Sempre discordando da probição de comemorar gol tirando a camisa, mas discordando, também, da simples desobediência e até sugerindo ações para que se acabe com a proibição.
Sigo achando que a disciplina não é monopólio de militares e é fator muito importante do sucesso em qualquer atividade.
Ontem, na final da Copinha, um GreNal - coisa rara um classico local em decisão de Copinha, só ocorrida em três oportunidades. Tudo indicando que poderia ser um jogão. E foi.
Mas teve um piscilone! Gol do Grêmio, aos sete minutos. Alison Calegari, zagueiro do Grêmio, já com cartão amarelo no lombo, na onda da comemoração, sobe no alambrado para festejar com a torcida. Um companheiro puxa-o para fazê-lo descer. Volta para o campo e dá de cara com um cartão amarelo seguido do vermelho.
Antes que o tricolor gaúcho ajeitasse sua defesa, desfalcada do expulso, o Inter empata, cinco minutos depois. Típico castigo a cavalo.
É claro que a decisão do juiz foi considerada excessiva: ouvi de Maurício Noriega (Sportv) que se tratava de uma final, de jovens... enfim, o juiz exagerou; li, em globo.com - esportes (https://globoesporte.globo.com/rs/futebol/times/gremio/noticia/zagueiro-do-gremio-e-expulso-na-copinha-por-subir-em-alambrado-e-volante-tenta-iludir-arbitro.ghtml) que Casagrande foi na mesma onde, que se tratava de um torneio de garotos. São o que se chama de "formadores de opinião". Já Paulo Cesar de Oliveira (comentarista de arbitragem, em contraponto, deve ser um chato) afirmou que, "...Apesar de ser uma decisão que pode parecer antipática, a decisão do árbitro é correta. Não tem meio termo na regra, ela é clara nesse sentido. O jogador não pode subir no alambrado." (mesmo globo.com).
Na hora em que assisti ao fato, pensei: será possível relativizar regras? Por exemplo: não pode subir no alambrado, exceto em decisões de quaisquer competições; ou: não pode subir mas jogadores jovens em divisões de acesso podem... Coisas assim, de que os palpiteiros em geral quase sempre gostam muito. Para tratar-se esse assunto, é preciso pensar sobre, por exemplo: é perigoso para o jogador e para a torcida pendurarem-se naqueles alambrados? subir no alambrado poderá tornar-se uma forma de "engordar tempo" em final de jogo com 1 x 0, e irritar muito o adversário e agradar e/ou contrariar as torcidas? Outras questões.
Verdade é que o castigo veio a cavalo. E andará sempre na espreita. Não se pode afirmar que, excluído o fato "expulsão", o Grêmio teria vencido o jogo. Nem se pode afirmar com certeza que o empate foi resultado da expulsão. E nem se pode afirmar que o fato "expulsão" tivesse alterado os estados de ânimo dos jogadores do Grêmio que lançaram três pênaltes na trave e no travessão.
Mas custa nada acreditar em bruxas e dar umas aulas de civilidade (obediência a regras) aos jogadores que estão iniciando. Quanto aos veteranos, acho que aqueles que se comportam mal já não serão sensíveis a mudanças de hábitos.

Imagem: WikipédiA.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Copa_S%C3%A3o_Paulo_de_Futebol_J%C3%BAnior_de_2020


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