7 de fev. de 2022

UM POUCO DE FUTEBOL BRASILEIRO

Cruzeiro x Caldense, em Poços de Caldas. Achei que o Cruzeiro jogava muito mal, até que, no segundo tempo, fez o gol de empate (a Caldense vencia por 1x0, desde o primeiro tempo). O Cruzeiro melhorou, com algumas substituições que deram certo e, na última bola do jogo, Edu marcou desempatando.

Nota de desaponto: quase ao final do jogo, Giovanni (Cruzeiro) e Paulo Vitor (Caldense) "discutiram" (assim está no noticiário, mas o que vi foi um pé de briga, que não avançou porque árbitro e companheiros intervieram).

O que vi, pela TV, foi que, quando de uma falta a favor do Cruzeiro, no meio do campo. Giovanni agiu no sentido de cobrar a falta e Paulo Vitor segurou a bola, para impedir a cobrança (atitude antiesportiva que tem frequentado muitíssimo os jogos de futebol, sempre contando com a complacência dos árbitros). Giovanni partiu para cima de Paulo Vitor, parecendo gritar qualquer coisa. O árbitro intrometeu-se e evitou a agressão física, juntamente com jogadores dos dois times, os quais também intervieram, ânimos fervendo. O árbitro expulsou primeiro o Paulo Vitor, dirigindo-se, em seguida, para Giovanni, expulsando-o. Giovanni partiu para cima do árbitro, aos gritando (não foi possível ouvir). Foi possível observar que Giovanni estava absolutamente descontrolado.

O árbitro relatou na súmula que Paulo Vitor impediu Giovanni de cobrar a falta; que Giovanni foi em direção ao adversário, proferindo palavrões, tendo sido contido pelo juiz, tendo oferecido resistência. Acrescentou que foi xingado por Giovanni, que lhe dirigiu palavrões semelhantes aos que já dirigira a Paulo Vitor.

Achei gravíssimo o absoluto descontrole de Giovanni, que me pareceu possesso. Atribuo a conduta do atleta profissional à tolerância com que tem sido tratada a indisciplina nos campos de futebol profissional. Inclusive no trato dos jogadores com o juiz, que vejo como alvo de muita pressão: sempre são os jogadores do time punido por qualquer falta que avançam, em "turminhas" contra o árbitro, não lhe dando descanso nem mesmo para consultar o VAR (neste caso, jogadores de ambos os times pressionam). O árbitro trabalha sempre pressionado, indevidamente, sem que tome atitude, provavelmente por temor de que qualquer atitude desagrade o "sistema". Lembre-se de que o juiz não é empregado da Federação e sua permanência sempre será questionável.

Penso que, naquele mesmo jogo, o mesmo juiz, tendo apitado uma falta a favor do Cruzeiro, poderia ter focado sua atenção no local e nas circunstâncias da cobrança. Isto porque todos os juízes têm a obrigação de saber da frequência com que jogadores do time que fez a falta dirigem-se ao local para dificultar a cobrança, ou engordando tempo, conforme a contagem de tentos, ou para enervar o atleta adversário. O árbitro poderia ter

feito isso, e mostrado o amarelo para Paulo Vitor, quando o mesmo iniciou a ação de atrapalhar o adversário; e que, se o tivesse feito, teria evitado a ação rude de Giovanni (não sou benevolente quanto a esse jogador; a ação que praticou é de quem está muito mal preparado para a
profissão que abraçou, eis que saber jogar futebol não é o único fator do exercício profissional). A análise, neste tópico, é da conduta de árbitros. É preciso determinar se agem por medo de "geladeiras" ou por incapacidade para o exercício da atividade.

Pretendo não repetir aqui os palavrões que o atleta profissional Giovanni dirigiu ao adversário e ao árbitro. Qualquer curiosidade poderá ser satisfeita através da leitura da súmula, publicada em  SE (superesportes) (https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/cruzeiro/2022/02/05/noticia_cruzeiro,3958441/arbitro-expulsou-giovanni-do-cruzeiro-por-xingar-jogador-da-caldense.shtml).


Foto: Wagner Sidney Silva (Caldense).

Mesmo link acima.

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