22 de nov. de 2017

A ESTRANHA EXCLUSIVIDADE DA GLOBO

Nada contra a rede Globo. Tudo a favor de princípios constitucionais.
Vi, agora mesmo, pela Globo News, notícia sobre a prisão do deputado Albertassi (Rio de Janeiro). Em uma das postagens da Globo News, sobre essa prisão, a apresentadora convoca a repórter Mariana Queiroz, de quem captamos o seguinte: "... bom dia a todos, pois é, como você disse, a Globo News obteve, com exclusividade, o
depoimento agora do deputado afastado Edson Albertassi só pra gente lembrar que ele chegou a ser preso na semana passada, menos de 24 horas depois foi solto e agora está aqui novamente na cadeia..." (http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/t/videos/v/albertassi-diz-que-conselheiros-desistiram-espontaneamente-de-vaga-ao-tribunal-de-contas/6306206/).
Não é a primeira vez que ouço isso (alarde de exclusividade) pela tv, tanto pela própria TV Globo como pela Globo News.
Ora, penso que tanto o princípio da isonomia (todos são iguais) como o princípio da publicidade dos atos administrativos - ambos de hierarquia constitucional (sem falar no princípio do direito à informação),  impedem que um órgão público forneça informações a alguém, com exclusividade.
Se a Globo está falando a verdade, está comprometendo, publicamente, o órgão envolvido e a pessoa que forneceu a informação com exclusividade.
Penso, também, que esse tipo de "exclusividade" ou é propaganda enganosa ou  é irregularidade e nada acrescenta à eficiência do setor de reportagem da emissora. Se detém qualquer poder ilegítimo para receber informações com exclusividade, não vejo vantagem em chegar primeiro - se é que chega. Não pode ser considerado "furo de reportagem". É privilégio!

Imagem: recorte de vídeo no link indicado no texto.

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