13 de jun. de 2017

MAS TEM QUE SER MUITO MACHO, SÔ! ACREDITA QUEM QUER, UAI!.

Realmente, tem algumas coisas que é preciso ser muito macho para fazer.
Por exemplo: meu genro inventou de fazer uma sala de tv suspensa sobre uma sala com pé direito muito alto. É uma plataforma com duas laterais apoiadas, uma em parede outra em estrutura de ferro. O terceiro ponto de apoio é uma viga alta, de onde pende uma peça de trator ligada a uma corrente grossa que termina no ângulo oposto ao ângulo formado pelas laterais apoiadas. Ficou muito bacana, principalmente porque parece que a plataforma não tem apoio, deixando vão livre por baixo. Pois não é que meu genro achou de colocar a mesa de jantar debaixo dessa plataforma suspensa? Foi quando pensei: é preciso ser muito macho, sô! É preciso levar muita fé na própria criação, para fazer refeições ali debaixo!
Retomo, algum tempo depois, a ideia de que "é preciso ser muito macho", com a divulgação de que o Presidente Temer - quando Vice-presidente - fez uma viagem, com a família, para Comandatuba (nem vou falar que dizem ser paradisíaca), transportados todos por um jatinho da JBS. Diz a imprensa que o então Vice-presidente começou negando o fato, dizendo que o voo fora feito em avião da FAB. A Veja - sempre a Veja - conta-me que o desmentido veio depois que apareceram os registros de voos: de São Paulo, com Temer e a família, com destino a Comandatuba; da ilha com destino a Brasília, Temer como passageiro; de São Paulo para Comandatuba, sem passageiros; da ilha para São Paulo, com sete passageiros, incluindo a família de Temer. No desmentido, nova versão: "... nova nota à imprensa dizendo que havia, sim, utilizado um jatinho para levar a família a Comandatuba, mas desconhecia a identidade de seu dono." (Veja, edição 2534, pág. 84).
Realmente, penso que é preciso ser muito macho para pôr-se e a família em um avião cujo dono não se conhece. Nem importa o cargo público. Questão de segurança pessoal.
Certamente, o então Vice-presidente poderá nem ter prestado atenção à inscrição exibida em parte visível da aeronave - "PR - JBS".
É uma hipótese. A outra é: a falta de informação precisa sobre ter visto essa inscrição, no meio de manifestações contraditórias posteriores, permite a qualquer pessoa pensar o que quiser, como ocorre em face do não-explícito.
Posso pensar, por exemplo, que o então Vice-presidente, vendo a inscrição "PR - JBS", tivesse imaginado: deve ser "Presidência - Já Busco Saída". O que poderia até ter sido uma premonição.


Imagem: Blognetto.

http://netdia.blogspot.com/2017/06/temer-admite-voo-em-jatinho-da-jbs-mas.html

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