29 de abr. de 2018

ACHOLOGIA EM FUTEBOL EDIÇÃO AO FINAL, EM 10/12/2022.

Não vou falar em opinião porque isto é para os especialistas. Mas cismei de comentar algumas das cenas que vi hoje, pela tv, de dois jogos.
A primeira coisa que observei foi, no jogo Atlético Mineiro x Corinthians, uma redução na média de idade do elenco. Comentara, em outra oportunidade (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2017/08/o-que-ha-com-o-galo-afinal.html), que um dos desafios do time do galo era a média de idade alta dos atletas. O Fábio Santos, para mim, era o único "velhinho" que mantinha regularidade física, com vantagem para o time. Fred (de quem ainda "livrava a cara", porque era o artilheiro do time), Robinho, Elias, Leonardo Silva e Marcos Rocha (quase meio time), com idades acima de 30 anos, não apresentavam a necessária regularidade. Cazares, que chegara arrasando, caiu de produção e não era - e não tem sido - jogador de jogo inteiro. E eram poucas as partidas em que rendia quase o que deveria, pela capacidade técnica inegável. Penso que Adilson - outro "velhinho", ficava prejudicado pelas atuações dos demais, posto que revelava alguma energia durante o jogos.
Hoje encontro um Atlético com Bremer (seria difícil colocá-lo no lugar de Leonardo Silva, se alguma circunstância não fosse mudada), um Bremer com boa cadência, boa antecipação, calma, subidas conscientes, aos 21 anos (agora, a média de idade do centro da zaga é 22 anos). Posso até queimar a língua, mas o rapaz destacou-se muito nas divisões de base. Penso que só crescerá se jogar como titular. Patric - em jogada de esforço deu assistência para o gol de Roger Guedes - é mais disciplinado taticamente, mais dedicado, muito mais energia do que Marcos Rocha (melhor tecnicamente, mas que andava em baixa no Galo); Roger Guedes, alternando altos e baixos, mostra bom domínio de bola e, veloz, dá dinâmica ao ataque, tendo se entendido muito bem com Luan e Fábio Santos; Gustavo Blanco, que vi com bons olhos jogando pelo América Mineiro, pareceu-me ter melhorado: muita velocidade, agilidade, habilidade, combatividade (no último jogo, achei algo exagerado, com algumas poucas jogadas bruscas). Otero, que não tivera oportunidades seguidas no ano passado, chegou em 2018 arrebentando. Não quero comentar: não seria achologia. Adilson, que eu achava prejudicado, está desenvolto, com uma defesa mais jovem e mais rápida atrás, e com Gustavo Blanco a seu lado.
Vi, então, o time do Galo dominando o Timão durante pelo menos 80% do jogo. Foi muito mais agressivo (estilo de jogo) e mais eficiente.
A segunda referência neste pitaco foi a organização do time do Galo. Pareceu-me calmo, organizado, sem medo de jogar e sem firulas. O interino Thiago Larghi parece estar com crédito com seus jogadores (acho que o técnico, por mais que conheça a profissão, só será vitorioso se os jogadores acreditarem nele). Gostei muito de ver o time jogar hoje.
A terceira coisa que vi não me agradou. Foi no jogo Internacional x Cruzeiro. Aquele recuo de bola do Bruno Silva, do Cruzeiro. Gostei menos da declaração dele, no intervalo. Disse que chutara a bola para escanteio e o juiz achou de marcar o chute indireto. Comentou: a gente não sabe o que vai na cabeça de juiz (culpa-se sempre o juiz, preferencialmente). Gostei nada da declaração porque observara que Bruno Silva chutara a bola na direção da linha de fundo, mas não se posicionou, em seguida, para a cobrança de escanteio. De frente que estava para a linha de fundo, deu um "devorteio" dirigindo-se em direção à "meiúca", demonstrando, pela ação, que estava a fim de meio campo e não de escanteio. Penso que esperava de Rafael - que goleiro esse reserva do Fábio - iria devolver a bola com os pés. Poderia dizer que não teve a intenção, que foi mal interpretado. Mas não me agradou ter transferido responsabilidade para o juiz.
A quarta observação: ainda desta vez, fiz restrições a Mano Menezes à beira do campo. Nunca comentei isto, mas acho que, muitas vezes, chega à grosseria. Hoje, Leandro Damião fez uma falta em um cruzeirense, perto de onde se encontrava Mano. A falta foi desnecessária (a "vítima" de frente para a lateral e não para seu campo de ataque) e, embora não fosse perigosa quanto a possibilidade de lesão, pareceu proposital, em face da força que o infrator colocou na ação. Foi o bastante para que Mano "pagasse um didático" (homenagem a Roberto Chagas) para Leandro Damião. Não concordo com essa mania que está tomando conta no futebol, de técnicos e jogadores meterem-se na função de juiz, que é quem tem poder para advertir uns e outros.


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Ah! Ia me esquecendo: Admirei só um jogador do Galo e seis corinthianos
parlamentando com o juiz, no lance do gol anulado (não discuto por
também seria achologia). Pareceu-me que Ricardo Oliveira
afastou demais que se haviam aproximado. Será orientação técnica?
Muito mais respeitoso! Será um novo estilo? Acho saudável!











Tirante o time do Atlético, que me parece melhor (mais consistente, como querem os técnicos); precisamos melhorar muito quanto a outros aspectos.
E chega de achologia!

EDIÇÃO: Bremer, citado no texto, como uma bela promessa, está hoje jogando na Europa e participou da Copa do Mundo de 2022, como reserva de Tiago Silva. Marcos Rocha, citado com "em baixa", saiu do Galo e já há algum tempo vem dividindo a lateral direita do Palmeiras , com muita eficiência, com Mayque.

Imagem: S.C. Corinthians Paulista.
http://tudotimao.com.br/news.asp?nID=129466

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