8 de abr. de 2018

NÃO VEJO MOTIVO PARA COMEMORAÇÃO. SÓ DE DESENCANTO E TRISTEZA!

Costumo andar na contra mão: não vejo motivo para comemorações, nem para alvíssaras, nem para esperança. Não vejo tristeza só no último ato (penso que poderemos vir a enfrentar outros). Aos 78 anos, vi tramóias de Getúlio; vi o maluco do Jânio Quadros querendo governar com uma vassoura; vi a construção de Brasília (na base do rouba mas faz); vi a ditadura com corrupção (veja-se o "caso Lutfalla"); vi Collor de Mello fazendo experiência em economia, bloqueando ativos dos cidadãos, levando muitos à falência e até grandes decepções e, de quebra, vi a "morte" de PC Farias (as indenizações respectivas, no judiciário há mais de vinte anos, ainda não foram solucionadas, dependem de um "acordo" para receber); vi (quase que de corpo presente) pelo menos um ato irregular e desonesto de FHC, como justificativa para o "enxugamento" da máquina; ainda vejo o cadáver de Celso Daniel andando por aí, provavelmente querendo contar coisas que ninguém quer contar; vi os anõezinhos do orçamento (tive um colega que virou anão); vi o mensalão; vi o petrolão; vi o Joesley (antes, um grande industrial; depois, um bandido desclassificado), sendo recebido à socapa pelo presidente da república, em seu palácio, e, depois, contando - ele, Joesley - uma estória de corrupção; vi a mala do Loures (o mesmo que o presidente da república, naquele encontro, indicara ao grande industrial-bandido desclassificado - então de sua inteira confiança - como intermediário de negócios com o governo); vi a tentativa de Gedel, junto ao Meio Ambiente, querendo que modificasse posturas especialmente para um prédio na Bahia (o ministro, constrangido, pediu as contas); vi os 51 milhões do mesmo Gedel, escondidos em um apartamento; vi o presidente da república distribuindo emendas orçamentárias para quem o livrasse de ser processado; vi a mesma coisa, depois, só que com "sugestões" dos beneficiários de que pretendiam bufunfa na mão, quando a dádiva era só orçamento (uma tergiversação), sem o vil metal na materialidade (já vira esse expediente de comprar "base aliada", em governos anteriores)... Ah! E os desastres das previdências do AEROS, dos CORREIOS, da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL...? Não foi coisa arrumada em um dia, não. E a toda hora pipoca uma nova. Vejo a insegurança pública tomando conta do Brasil, descontrolada e progressiva, desde há mais de trinta anos. Não vejo nos que odeiam Lula qualquer motivo real para comemoração, sem pelo menos rememorarem ou procurarem conhecer nossa história de desgovernos. E não vejo nos que o rodeiam motivos para achar que a presença dele durante oito anos em governo, e nos demais como partícipe de articulações governamentais, que a presença dele - repito - tenha evitado efetivamente qualquer dessas mazelas. Não será em pouco tempo que teremos paz. E, pelo andar da carruagem, não conseguiremos viver em paz entre nós, durante muito tempo ainda. Abraço, assim mesmo! Tudibom sempre procês tudo aí!





Imagem: Blog do Prof. Osmar Fernandes.
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