30 de abr. de 2012

EDUCAÇÃO NO FUTEBOL (OU MELHOR, FALTA DE)


Final de campeonato é sempre muito tenso. Vida de jogador
ANTIGO ESTÁDIO INDEPENDÊNCIA
 de futebol é muito dura! Não vejo os mesmos sinais de esgotamento, psicológico,
principalmente, em finais de volei. Deve haver algum fator que faça a diferença.

Três acontecimentos chamaram-me mais a atenção, ontem, no que diz respeito a pouca educação.
Primeiro, no jogo Cruzeiro x América, para definir o segundo finalista do campeonato mineiro. Ao final, o Wellington Paulista desentendeu-se com um jogador do América. Não vi quem começou a encrenca. Mas, no final, foi difícil segurar o Wellington. Queria porque queria briga. Tenho observado o Wellington. Encrenqueiro, provocador, abusa dos recursos violentos. Ontem mesmo, em uma jogada envolvendo o lateral esquerdo do América, fez um movimento de corpo para a esquerda, esquecendo a bola e lançando-se sobre o corpo do adversário. Com o choque, caiu. O juiz marcou falta a favor dele. O comentarista concordou que a falta fora do americano. Parece que nenhum dos dois notou porque, na repetição do lance, continuei achando que a falta fora do Wellington. Pode ser que eu me tenha enganado. Se se prestar atenção ao comportamento dele, dará para ver que até poderia ser melhor com a bola, se deixasse de privilegiar sua força física.
No jogo Santos x São Paulo, um jogador do São Paulo fez falta no Neymar. O Neymar está apanhando muito e, infelizmente, tem de espetacularizar suas quedas. Juiz costuma só dar falta quando a "vítima" estrebucha. Cair só não basta. E ainda corre-se o risco de levar um amarelo, porque o árbitro entende que é cinema (parece-me que os juízes criaram a necessidade de fazer cinema; e nem se mancam quando o jogador que, após estrebuchar, sai de maca, logo que ultrapassa a linha do campo levanta-se, lépido e fagueiro, e já quer voltar ao jogo). Nessa falta, o juiz aplicou o amarelo no faltoso, que já estava amarelado e, então, avermelhou. Veio um outro jogador do São Paulo e encarou o juiz, com o dedo indicador em riste, quase no nariz do juiz (aproveitem aí, compositores, porque nariz do juiz pode dar um sambinha).
O terceiro evento foi o destempero do Wanderley Luxemburgo, no Gre-Nal. Um gandula colocou a bola na marca do escanteio e o jogador do Inter cobrou imediatamente. Foi o bastante para o Wanderley ir tomar satisfações com o gandula. Não sei se o gandula estava certo ou errado. Vejo gandulas colocarem a bola em cima da linha lateral, quando deve ser movimentada dali. Vejo semelhança em se colocar na marca do escanteio, quando a bola deve ser movimentada dali. Se o gandula fizer assim durante todo o tempo de jogo, e para os dois lados, sem "engordar" tempo quando o time dele está ganhando, não vejo problema. Mas admito a ideia de que o treinador, ou o jogador do time adversário não ache legal. Desde que recorra àquele que até é chamado de mediador, para que ponha cobro em atitudes antiesportivas.
O que me tem incomodado, há algum tempo, é o fato de técnicos e jogadores arvorarem-se em árbitros, tomando medidas que são da competência do juiz: admoestar o adversário que caiu na área, quando acham que é simulação; intervir nas atividades dos gandulas; admoestar o juiz, muitas vezes ao berros... Acho que é entrar em seara alheia.


Foto: 
CURIOSIDADE: Penso que muitos não sabem por que o Estádio tem o nome de Independência. Faz de conta que a maioria não sabe, mesmo. Primeiro: chama-se Estádio Raimundo Sampaio Para os íntimos, Independência, porque pertencia ao Sete de Setembro, clube do qual Raimundo Sampaio foi presidente. Fui conferir na Wikipédia, sim, para ver se minha memória não estava batendo pino. Não estava. Frequentei aquele estádio até por volta de 1963, quando saí de Belo Horizonte, para voltar em 1970, em plena era do Mineirão.

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