17 de mar. de 2014

A INSANIDADE DAS TORCIDAS

Debatia-se, aindagorinha, no "Bem Amigos", as hipóteses levantadas de "entrega" do jogo ao Ituano, pelo São Paulo, para desclassificar o Corinthians. Comentava-se de um e afirmação leviana de outro, tudo deixando o Muricy Ramalho muito irritado. Alberto Helena, comentarista esportivo, lamentou que torcedores de um determinado clube torçam pela derrota do mesmo, para desclassificar um rival. Chegou a lembrar-se dos tempos de menino, e de que, quando uma derrota de concorrente poderia significar o campeonato para seu time, e alguém desejava que acontecesse, sempre havia alguém para lembrar que isto era "gozar com a ferramenta alheira", no dizer do próprio Helena, expressão que sempre ouvi, com outros termos, bem mais explícitos do que os usados pelo comentarista. Arnaldo César Coelho interveio, para dizer que isto é normal, por partir de torcida, que quer, mesmo, é achincalhar o adversário, e coisa e tal. Exemplificou com o fato de que, quando, em um estádio, os alto-falantes anunciam gol contra um rival, em outro estádio, a torcida vibra. No que o Helena retrucou que se tratava de fatos diferentes, que não merecem o mesmo raciocínio. Como não gosto de alguns raciocínios do Arnaldo César Coelho (já falei sobre isto), pensei rápido para, em seguida, concordar com o Helena: uma coisa é gostar, ou até torcer para que um rival perca um jogo, com outro time. Mas torcer pela derrota do próprio time, para dificultar a vida do rival, é diferente e nada educativo.
No que eu disse para minha mulher - que, mesmo não sendo o futebol sua prioridade, fica ligada nos meus interesses esportivos, e até nos programas a que assisto - que concordava com o Helena, e que o Arnaldo estava aplicando o mesmo raciocínio a dois fatos absolutamente distintos, ela atalhou:
Torcida do Corinthians poderá acompanhar os jogos do time na Libertadores- Torcida é torcida! A torcida é inconseqüente! Ilógica! Existe alguma lógica em ver pessoas, em um estádio, roendo unha, chorando, dando chilique e quase infartando, ou até mesmo infartando, por causa de um resultado adverso? Existe alguma lógica em um pai chegar a um estádio lotado, levando o filho, com menos de um ano de idade, vestido com a camisa do time dele - pai - não para induzir gosto pelo esporte, mas para torná-lo, desde pequenino, um apaixonado pelo mesmo time? Existe alguma lógica em torcedores de um time agredirem a mãe e a irmã de um ex-jogador desse mesmo time, só porque esse atleta trocou de clube? Existe alguma lógica em brigar com a torcida adversária, envolvendo violência excessiva e descontrolada? As torcidas são insanas!
Calei-me!

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