7 de jul. de 2016

O CHORORÔ DOS PROFISSIONAIS DA IMPRENSA ESPORTIVA. LEMBRA-ME O AGUAZIL ENDEMONINHADO.

Acabo de ver, pela SporTV, em Redação SporTV, a turma reclamando da impossibilidade de profissionais da imprensa esportiva entrarem nos estádios, para entrevistar técnicos e jogadores. A matéria tem o técnico do Flamengo como mote, dizendo que um profissional do clube que ninguém já viu, porque não permite a presença da imprensa nos treinos. Risek diz que houve tempo em que o ingresso desses profissionais era livre; que atualmente é muito mais difícil conseguir um furo ou uma entrevista exclusiva, etc... Abro parêntesis para dizer da minha implicância com os anseios de exclusividade da imprensa. A Globo (é a que mais vejo, logo...) apresenta informações oriundas de setores públicos, que diz terem sido obtidas com exclusividade. Mas o setor público não pode dar exclusividade a quem quer que seja. Admito o furo, que depende da agilidade dos profissionais, segundo o princípio "quem chega primeiro bebe água limpa". Mas exclusividade... Fecho parêntesis.
Carlos Cereto disse que chegou a falar com Wanderley Luxemburgo, dentro do campo; Chico Sá disse que Ênio Andrade parava treino para atender a imprensa. E ironiza, dizendo que Ênio não entendia muito de futebol... O outro integrante da bancada, cujo nome não me lembro, ironizou, também, dizendo que, com treino fechado, o Flamengo levou de quatro do Corinthians: pergunta se fosse aberto o treino o Fla levaria de oito.
Risek pergunta o que seria do Flamengo sem imprensa (ouço isto agora, ainda discutindo a matéria).
E o que seria a imprensa esportiva sem os clubes de futebol? Sei que a tv paga aos clubes que participam de campeonatos com jogos televisionados. Mas fatura muito, também, é uma mina na publicidade. Os profissionais de imprensa vivem da existência do futebol e de outros esportes (já vi chororô também no volei, porque o técnico não queria o microfone captando sua palestrinha, em pedido de tempo ou intervalo regulamentar, em plena atividade profissional, portanto, com necessidade de sigilo).
Aguazil
Mas não vim aqui para discutir dinheiro. Vim discutir respeito. Respeito por profissionais de uma área pelos de outra. Pergunto se os profissionais da imprensa permitiriam que atletas e treinadores, a fim de aparecer, entrassem em seus programas ou, pelo menos, abordassem-nos quando estivessem preparando suas pautas, ou organizando-se para a entrada no ar.
A esse propósito, sugiro a quem se interessar a leitura, neste cadikim, do texto "Estigmas e intolerância: quem é o que?" (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2014/07/estigmas-e-intolerancia-quem-e-o-que.html).


Imagem: Associação dos Oficiais de Justiça do Amapá.
http://aojap.blogspot.com.br/2012/03/qual-e-verdadeira-funcao-do-oficial-de.html

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