6 de out. de 2012

AMORES DESAMORES

Meu ouvido de tuberculoso captou hoje, em mesa
de lanchonete, conversa de duas moças, ou melhor, conversa de uma, ouvido de outra. Deu para pegar algumas coisinhas. A que falava mais (quase tudo do que ouvi) dizia que havia terminado. Deu para perceber que era namoro. Falou que até poderia voltar, mas que .... não ouvi a exigência para voltar. Depois, falou que, passando por "ele", trocou de calçada. Foi o bastante para lembrar-me de música muito antiga, composta por Denis Brean e Oswaldo Guilherme, e que foi gravada por Maysa, Nora Ney, Núbia Lafaiete, Lana Bittencourt, e que sobrevive na voz de Emílio Santiago. Vê só se não era para lembrar de letra:




Se você me encontrar pelas ruas
Não precisa mudar de calçada
Pense logo que somos estranhos
E que nunca entre nós houve nada.
Não precisa baixar a cabeça
Pra não ver os meus olhos nos seus
Passarei por você sem rancor
Sem lembrar que entre nós houve adeus.


Bem, o papo não ficou só por aí. A mocinha continuou falando de desamor e arrematou, mais ou menos assim: eu gosto dele, ele é companheiro, me estimula nos estudos, etc. ... mas...
Não deu para ouvir os "mas".
Fiquei pensando: o que quer a mocinha? O cara é companheiro, estimula-a para progredir (logo, não deve ter medo de ser ultrapassado por ela, nessa briga de foice que é a afirmação das mulheres - e que acho saudável). Será que não dá para agüentar uns defeitinhos? Ela deve querer um aparelho de televisão (de preferência com controle remoto) ou, então, um computador mesmo, com os programas que ela encomendar.
Amor ou desamor?

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