27 de abr. de 2013

CHATO E BURRO: SEMPRE TEM UM

Fui assistir a uma apresentação do cavaquinista Ausier Vinicius, em espaço público, integrando o programa Semana Nacional do Choro e Samba, em Belo Horizonte. O tema do espetáculo foi "Waldir Azevedo". Ausier tocou tudo o que sabe e mais alguma coisa. Espetáculo!
Onde fica o chato e burro? Vamos lá.
Um rapaz (nem tanto, mas rapaz, ainda) pediu a Ausier que tocasse uma música (não ouvi o nome da música pedida). No pedido: "Toca para Fulana!".
Delicadamente, Ausier explicou que o espetáculo era dedicado a Waldir Azevedo e que o roteiro só continha composições do mesmo e apenas uma de outro autor, que Waldir gravara.
Imprudentemente, o rapaz assinalou: "Mas é para Fulana!", como se tal circunstância pudesse ser considerada para mudar o roteiro.
Esses aí não foram nem chatos nem burros:
tomaram cerveja de Diretoria.
Ainda delicadamente - como é de seu feitio - Ausier repetiu sobre a dedicatória do espetáculo e disse, então, que iria tocar a música que não era composição de Waldir, mas que este gravara. O rapaz insistiu: "Mas fala que é para a Fulana!".
Já estava rindo e não contive um riso mais explícito. Mocinha que estava perto de mim ria também. Observei para ela que, além de chato, o mala-sem-alça era burro. Disse que, se em vez de ficar jogando para a torcida e fosse ao pé do ouvido da tal Fulana, dissesse, baixinho: "Meu bem, pedi para tocar para você", poderia render muito mais.Chato só? Não! Burro também. Muito!


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