27 de mai. de 2012

SARGENTO BRAZINHA

Adoro os fatos que me fazem rememorar coisas interessantes de minha antiga vida de integrante da Polícia Militar de Minas Gerais. Cada lembrança é um afago nesta velha cabeça, e um motivo de agradecimento a quem o provocou.
É por isto que agradeço ao Senador Antônio Carlos Magalhães, por me ter feito lembrar do Sargento Brazinha. O motivo da lembrança foi a intervenção do Senador na intervenção do Banco Central no Banco Econômico. Pois não é que o Senador, diante do ato de intervenção, esbravejou que iria apontar quem é quem e o que faz, na diretoria do Banco Central? Por causa disto, apressou-se a desintervenção no Banco Econômico. E, depois da desintervenção, o Senador resolveu que não tinha nada mais que falar de quem é quem nem do que faz na diretoria do Banco Central.
O que é que o Sargento Brazinha tem a ver com isto? O caso é que o Sargento Brazinha
(que havia sido um cabo até legal mas, depois de virar sargento, entortou a vida), em uma de suas muitas noites de esbórnia, chegou à buate da Tonica Pimenta, na zona, em Passos, e pediu uma pinga. A dona da buate, vendo seu estado, disse-lhe que não podia vender-lhe a pinga, porque ele já estava muito embriagado. O Sargento Brazinha pediu, insistiu, mas a Tonica Pimenta estava irredutível. Não lhe podia vender uma pinga, porque ele já estava prá lá de Bagdá. Aí, o Sargento Brazinha apelou:

- Então, a buate está interditada!
- Por isto, não, sargento. Eu sirvo a pinga.                               
- Então, a buate está desinterditada!
E a buate continuou funcionando, normalmente, todo mundo dançando.
No caso da intervenção na intervenção, tudo continou normalmente... Com todo mundo dançando...


Escrevi e publiquei esta crônica há mais de trinta anos. Não me lembro em que mídia publiquei.

Imagem: Pinterest.

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