30 de jun. de 2013

DEU TUDO CERTO E DEU TUDO ERRADO! LUGAR COMUM NAS GOLEADAS.


Brasil-Espanha-bandeirasModernamente, três gols bastam a uma goleada. Não me modernizei, ainda. Goleada, para mim, tem de ser com quatro gols ou mais. Abro uma exceção: hoje, com o futebol que a seleção brasileira jogou em cima da espanhola, admito considerar três gols uma goleada.
Diferença de capacidade técnica, individual e coletiva grande? Penso que não. A seleção espanhola bem que tentou safar-se da marcação cerrada adversária. Não conseguiu. Apesar disto, promoveu alguns lances de grande perigo. Então, por que a goleada a zero?
Tenho um ponto de vista específico sobre goleada de um time muito bom em cima de outro time muito bom. Sempre achei que tudo deu certo para um e tudo deu errado para o outro. Vejamos:
Na jogada do primeiro gol, aconteceu de tudo. Neymar pareceu-me impedido. Mas quando a bola dirigia-se a ele, a meia altura, o espanhol que estava entre Fred e ele deu um tapa na bola, que foi da mão do espanhol para o chão, à frente de Fred. Este encolheu a mão, para não tocá-la e para não atrapalhar o lance do chute em gol. Mesmo caído, o atacante marcou. O lance do segundo gol começou com Neymar passando a bola a Oscar e, seguindo em movimento, ficou impedido. Oscar segurou a bola o tempo suficiente para Neymar voltar do impedimento e só então lançou o camisa dez, agora em condição legal. Terceiro gol: bola rasteira na direção de Neymar que desviou-se rapidamente, entortando o corpo e deixando passar para Fred. Tudo perfeito, em termos de tempo e movimento. O chute de Fred, de primeira, também foi perfeito.
Tudo deu certo para o ataque brasileiro e nada certo para a defesa da Espanha.
Do lado da seleção espanhola: Davi Luiz, perfeito senso de cobertura, salvou, em cima da linha, bola dificílima de não se tornar gol contra; o mesmo zagueiro virou um gigante, tomando conta de seu pedaço com a maior autoridade. Depois, no pênalti, Júlio César cai no canto certo, parecendo até que poderia por a escanteio, mas a bola foi para fora. Mais dois lances de defesas muito oportunas de Júlio César mantiveram o zero dos espanhóis.
Então. Tudo deu certo para a defesa brasileira e tudo deu errado para o ataque espanhol.
Depreciação da vitória da seleção brasileira? Jeito nenhum! De Júlio César a Neymar, todos jogaram um partidaço. Não deixaram jogar e jogaram muito bem. Mas a seleção espanhola poderia, pelo menos, ter diminuído com o pênalti e com a bola que Davi Luiz tirou quase em cima da linha, e evitado a goleada.
Não era dia de Espanha.
Era dia de Brasil!

Foto: Ponto & Contraponto
http://pontoecontraponto.com.br/

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