15 de abr. de 2015

NÃO ESTOU MARCANDO LEANDRO DAMIÃO. ESTOU MARCANDO OS ÁRBITROS.

Vê-se que o goleiro repele a conduta de Damião.
Mas demonstra serenidade, evitando conflito,
que poderia ter ficado sério.
Nem estou transformando o Damião em meu "personagem da semana", porque não sou nenhum Nelson Rodrigues. Acontece, apenas, que Leandro Damião foi objeto de comentário no cadikim, no jogo do Atlético x Cruzeiro, ainda nesta semana. Está em http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2015/04/arbitragem-sempre-merece-critica-mas.html. Vê-se, ali, que, embora discorde da atitude tomada por Leandro Damião, a crítica é dirigida aos árbitros.
A observação atual também foi feita em jogo do Cruzeiro, desta feita contra o Huracán, pela Taça Libertadores da América, ontem. Também envolveu Leandro Damião, logo após marcar o gol do Cruzeiro. Damião adotou atitude que é frequente ver nos campos de futebol. Correu para o gol, para tomar a bola do goleiro adversário. Ora direis: mas isto é normal! Não, meus amigos! Não é normal. Pode ser frequente, mas normal não é. E, não poucas vezes, esse comportamento tem causado conflitos, às vezes graves. O goleiro, cujo time está vencendo, quer reter a bola; o atacante, no impulso de desejar rapidez na reposição da bola, "ataca" o goleiro, para tomá-la.
Aí, o árbitro volta a dever ser o agente principal: a ele - e não a qualquer jogador - cabe a missão, o dever de evitar retardamento da partida, por qualquer atleta. No caso em comento, deu para ver que o goleiro foi sereno, indicando que iria devolver a bola imediatamente, o que arrefeceu o ímpeto de Damião.
Mas vamos raciocinar, como diria o general: quando a bola ultrapassa a linha de fundos, por fora ou por dentro do gol, a quem pertence sua posse? Quem deve dar reinício à partida? Obviamente, um jogador do time que se defendia. Então, por que é que algum adversário se vê no direito de buscar a bola no fundo do gol? A posse de bola não lhe pertence. Tem ocorrido, também, de, em caso de lateral, ou falta, jogador do time que está ganhando reter a bola, que pertence ao adversário. Também é frequente, mas não é normal.
Ocorre que vivemos a era da "falta de confiança" em autoridade. E, na inércia da autoridade - no caso, o juiz - há jogadores que se arrogam autoridade que ao juiz pertence, e que tem a obrigação de usá-la.
Penso que a correção, no caso, será dar cartão amarelo para jogador que arremeta sobre adversário, para tomar-lhe a bola, quando a ele não pertença; e, neste caso, dar amarelo para o jogador que retém a bola indevidamente.
Se quisermos, de verdade, a paz no futebol, teremos de olhar para circunstâncias que parecem pouco relevantes, mas que costumam resultar em violência, conforme os estados de ânimo.


Imagem: Youtube.
https://www.youtube.com/watch?v=jFBUQpVAdSc

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