Mas não ficou por aí, só não. Como disse, meu irmão e minha irmã trabalharam na área. Os corretores costumavam encontrar-se, à tardinha, para um choppapo - um choppinho gelado com papo.
Um deles era o aparício. Vivia dizendo que ainda iria fechar um grande negócio. Foi o bastante para que um colega lhe telefonasse, após o almoço, e perguntasse se tinha cem mil COPISA para vender. Topou de cara. Discutiram preço, o "comprador" disse que precisava conversar com o cliente, que ligaria de novo em seguida. O "vendedor" ligou para outro corretor (todos sabiam do golpe), perguntou se tinha. Tinha. Voltou ao "comprador", deu o preço e acertaram o negócio, para fechar no choppapo.
Entusiasmado, o corretor "comprador" falava aos colegas que tinha fechado um negócio de cem mil COPISA. Os colegas perguntaram o que significava COPISA. Não soube responder. Disse que ficou tão impressionado com o negócio, que se esquecera de verificar. Papo vai, papo vem, ninguém sabia o que era COPISA. Até que chegou um "sabichão": Cocô do Piauí S.A.
Imagem: Migalhas.
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI147944,91041-Prejuizo+em+operacoes+na+bolsa+nem+sempre+e+indenizavel
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