Terminado o ensaio, dirigi-me ao carro, estacionado no limite entre área pavimentada e mato - o Conservatório Municipal está situado no parque do Mocambo, Patos de Minas. O mato estava molhado, ainda chovia fininho, depois de uma chuva mais densa e demorada, durante o fim de tarde. Entrei no carro e comecei a manobrá-lo, para sair. Olhando rapidamente para trás, tive a impressão de que o vulto de uma pessoa surgiu e desapareceu, tudo em um átimo. Embicado para o portão, iniciei a saída. Foi quando senti um toque no ombro esquerdo, como se alguém estivesse pousando a mão ali. Olhei e vi que havia algo em meu ombro. Parei o carro. Verifiquei que se tratava de um animal com cerca de cinco centímetros de comprimento. Mais detidamente, vi que era uma rã. Estranhei como teria embarcado. Abri a porta e dei-lhe um leve golpe de mão. Ela saltou e agarrou-se à porta, como que se recusando a sair. Como não estava disposto a levá-la comigo, empurrei-a novamente e ela saltou para o chão. Fechei a porta e segui para casa.

Foi quando me bateu um grande arrependimento de não tê-la beijado.
Imagem: Solidão a dois.
http://marilegionaria.blogspot.com.br/2010/12/era-uma-vez-numa-terra-muito.html
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