26 de mar. de 2013

AH! ESSE MUNDO DE FANTASIAS...

Hoje, à noite, estava no Conservatório Municipal, participando de um ensaio. O mundo da música é, por natureza, um mundo de sonhos, de devaneios, de alegria, de fantasias, enfim. Muita gente envolvida, rapazes, moças, adolescentes de ambos os sexos, crianças entre dez e doze anos (com a minha idade, só eu), todo mundo viajando em melodias e batidas de tambores.
Terminado o ensaio, dirigi-me ao carro, estacionado no limite entre área pavimentada e mato - o Conservatório Municipal está situado no parque do Mocambo, Patos de Minas. O mato estava molhado, ainda chovia fininho, depois de uma chuva mais densa e demorada, durante o fim de tarde. Entrei no carro e comecei a manobrá-lo, para sair. Olhando rapidamente para trás, tive a impressão de que o vulto de uma pessoa surgiu e desapareceu, tudo em um átimo. Embicado para o portão, iniciei a saída. Foi quando senti um toque no ombro esquerdo, como se alguém estivesse pousando a mão ali. Olhei e vi que havia algo em meu ombro. Parei o carro. Verifiquei que se tratava de um animal com cerca de cinco centímetros de comprimento. Mais detidamente, vi que era uma rã. Estranhei como teria embarcado. Abri a porta e dei-lhe um leve golpe de mão. Ela saltou e agarrou-se à porta, como que se recusando a sair. Como não estava disposto a levá-la comigo, empurrei-a novamente e ela saltou para o chão. Fechei a porta e segui para casa.
No caminho, fiquei pensando, como a pequena rã conseguira entrar no carro. Pensei naquela sensação de que um vulto passara rapidamente por trás de mim. Estranhei que a rãzinha se tivesse agarrado à porta, parecendo recusar-se a sair.
Foi quando me bateu um grande arrependimento de não tê-la beijado.


Imagem: Solidão a dois.
http://marilegionaria.blogspot.com.br/2010/12/era-uma-vez-numa-terra-muito.html

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