
Foi escandaloso. O Florianópolis venceu os dois primeiros sets. Arrasou no primeiro. Dava a impressão de que ia ser 3 x 0, com balaiada. No segundo, a coisa melhorou tiquim. Mas o Florianópolis venceu bem. O narrador era todo elogios para o Floripa. Superlativou à vontade: bloqueio senssssacionaaaal! saque arrrrrasaaaadooor! Enchia a boca. Narração muito vibrante.
Aí, o Minas Tênis começou a virar. Ah! Agora não havia tanto elogio, tanta vibração. Parecia que o estoque havia acabado. Foi impressionante como mudou o tom da narração. Os superlativos foram desaparecendo, a voz não merecia ser prejudicada por aqueles gritos entusiasmados.
O Minas virou tudo e acabou nas semifinais. 3 x 2.
Do narrador, um frio "O Minas está nas semifinais".
Prestenção, gente! Mineiro também compra, também consome. Consome os produtos que vocês anunciam, consome os serviços de vocês. Lembrem-se - vocês que trabalham no esporte - que negro não podia jogar futebol profissional. Teve clube que fechou o departamento de futebol, para não ter de admitir negro (Como não admitir? João Saldanha conta que, em uma excursão do Botafogo, algúem perguntou se o time de uns gringos que estavam no mesmo hotel seria bom. Alguém respondeu: deve ser não. Não tem crioulo!). O primeiro clube a liberar crioulo foi o Vasco da Gama. Por que? Porque era um clube de comerciantes e comerciante não deve esnobar ninguém. Depois dizem que português é burro. Eu, hein? Pensem nisto, senhores narradores. Será que não querem vender pra nóis?
Imagem: Criação de Pedro de Carvalho Gomes.
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Escudo_minas_tenis_clube.jpg
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